Garoto atingido por raio completa 12 anos com festa especial
“A comemoração do aniversário do Dani está sendo muito importante para trabalho de recuperação do meu filho. Tenho muita fé em Deus para a evolução gradativa do seu estado de saúde”. Esse foi o comentário da dona de casa Fátima de Oliveira Marzola, a mãe de Daniel Vinicius Marzola Nunes, atingindo por um raio quando jogava futebol em fevereiro de 2013, na zona sul de Marília. Ele apresentou parada cardiorespiratória e mal epilético.
Na manhã desta quinta-feira (9), integrantes da USF (Unidade de Saúde da Família) da Secretaria da Saúde fizeram questão de comemorar os 12 anos do garoto, em sua casa, na rua Alexandre Chaia, no Jardim Marajó.
“Esse é um momento muito importante para toda a equipe. O Daniel é um paciente muito especial para nós. Por isso, fazemos questão de cantar o “Parabéns a Você” com muito entusiasmo e cumprimentá-lo pelo aniversário. Além disso, esse momento faz parte do trabalho de socialização do garoto”comentou a fisioterapeuta Beatriz Lanza Lazarini Antico.
Segundo Beatriz, o quadro de Daniel evoluiu muito nesses dois anos, após o acidente. Inicialmente ele não tinha movimento algum .”A evolução é marcante. Hoje, já não utiliza mais sondas e está até frequentando novamente a escola, a Emef Nicácia Garcia Gil. Embora a comunicação só seja possível através de gestos e olhares, a socialização tem sido fundamental no processo de recuperação do garoto”, afirmou.
Daniel vem sendo acompanhado pelo programa “Clínica Família Saudável” e pelo Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) da Secretaria Municipal da Saúde. Após a alta hospitalar, desde abril de 2013, 50 dias após o acidente, recebeu atendimento de Fisioterapia três vezes por semana, além do acompanhamento pela Central Municipal de Fonoaudiologia, com grande evolução. Ainda é assistido pelo médico Francisco Agostinho, do Hospital Materno Infantil. “A cada atendimento, percebemos a evolução de Daniel. Hoje, ele já até reconhece os profissionais de saúde, respondendo às estimulações. Isso motiva toda a equipe”, afirmou Beatriz.
Sobre a perspectiva de uma evolução ainda maior, a fisioterapeuta destaca que a esperança é permanente. “Desde o acidente, o processo de evolução foi além do que esperávamos”, completou.
A mãe, Fátima, destacou que não vai desistir. “Quando o Dani voltou para casa com sondas para mantê-lo vivo, o quadro era preocupante. De lá para cá, ele evoluiu muito. Tenho fé de vê-lo andando e falando algum dia. Com a ajuda de Deus, nunca vou desanimar”, finalizou.
Segundo a mãe, apesar da fatalidade, Daniel continua apaixonado por futebol e pelo clube do coração, o Palmeiras.