Garcia critica governo Daniel e diz que representa ‘nova direção’
O empresário e CEO do Grupo Hadassa, Jean Patrick Garcia Baleche, concedeu entrevista coletiva aos jornalistas de Marília na manhã desta segunda-feira (8), no Alves Hotel, e, entre as questões abordadas, avaliou o governo do atual prefeito Daniel Alonso com nota vermelha. “Minha candidatura pelo partido Novo não representa uma terceira via e sim uma nova direção para a cidade”, complementou.
Garcia da Hadassa, assim conhecido, evitou revelar nomes e quais partidos devem compor seu grupo político, mas disse que prefere uma mulher como vice. Para o empresário, “cavalo bom é aquele que corre no final”.
“Não posso divulgar nomes para não atrapalhar as conversas, porém, prefiro uma mulher como minha vice, pela sensibilidade e comprometimento com as causas sociais. Estou no meu melhor momento empresarial e a atual conjuntura política da cidade me motivou para aceitar esta pré-candidatura a prefeito. O desejo de mudança das pessoas me convenceu”, argumentou Garcia, que ressaltou que tem andado nas feiras livres, pelos campeonatos varzeanos de futebol e ruas da cidade ouvindo as demandas da população.
Garcia disse que sua filiação no Novo aconteceu na reta final da janela partidária e que em sete dias o partido filiou 94 pessoas em Marília. “Nossa chapa de vereadores está completa e vamos dialogar com quem quiser dialogar. Não tenho problemas com isso. Seja Eduardo Nascimento, Marcos Rezende ou Vânia Ramos, estou aberto para dialogar, porque não discuto pessoas e sim ideias”, declarou após comentar sobre uma possível aliança com o PSD e Republicanos.
Segundo Garcia, a cidade foi governada por apenas dois grupos políticos num período de 24 anos. “30% da história de Marília, que tem 95 anos, andou nas mãos dos Camarinha e do Daniel Alonso. Precisamos mudar o rumo. Meu plano de governo será amplo, pois queremos implantar a Cidade Digital, revogar o atual modelo de privatização do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), rever tecnicamente a implantação dos radares e montar uma auditoria no Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm). Para resolver a situação dos moradores de rua, por exemplo, vou seguir a mesma estratégia adotada na cidade de Chapecó”, reforçou ao argumentar que o prefeito Daniel falhou em não ouvir o clamor do povo contra os radares.
O empresário ainda disse que doará 100% de seu salário de prefeito para as entidades assistenciais. “Os salários dos meus 48 meses de mandato serão doados e 40% dos meus cargos comissionados e secretariado será composto por servidores de carreira. Vamos fundir secretarias e enxugar a máquina pública. Se precisar sentar com os vereadores para discutir indicações, vamos estudar o que é melhor para cidade, priorizando sempre um corpo técnico”, destacou ao falar da dívida de mais de R$ 1 bilhão da Prefeitura.
Outros temas abordados na entrevista foram sobre o transporte coletivo, retorno da Legião Mirim, volta do Copom, implantação da Guarda Civil em parceria com a Polícia Militar, Parque Tecnológico, meio ambiente e incentivo ao esporte. “O Marília Atlético Clube (MAC) não pode ser aproveitado politicamente e quero criar o Projeto 100, que será composto por 100 projetos de esporte, contemplando o atletismo também. Nosso município necessita de arborização e de uma nova política ambiental. Sobre o Parque Tecnológico, vamos fazer em parceria com empresários de Israel que são especialistas em tecnologia de primeiro mundo”, comentou.
Um dos pontos que mais chamou atenção na entrevista coletiva foi o problema da Saúde Mental no município. “Nosso governo, se eleito, implantará o projeto da Escola Empreendedora, que vai despertar nos adolescentes e jovens o desejo pelas profissões e empreendedorismo, driblando assim a depressão e os casos de suicídio. O jovem precisa ter vontade de viver, conquistando seus sonhos e objetivos de vida”, salientou ao chamar o vendedor de trufas, Lucas, de 13 anos, presente na coletiva.
Garcia argumentou que Lucas é empreendedor já na adolescência, o que proporciona a vontade de viver e construir um futuro. “Você tem vontade de se matar?”, perguntou ao menino, que respondeu: “não”.
“Estão vendo como é preciso ter foco na vida? Desde cedo trabalhei entregando panfletos para ajudar minha família. Não tenho problemas com isso. Temos que incentivar o empreendedorismo logo na infância”, concluiu o empresário, que respondeu diversas questões em duas horas de coletiva à imprensa.