Garcia aposta em perfil inovador e se coloca como terceira via para a Prefeitura de Marília
O empresário e pré-candidato a prefeito Jean Patrick Garcia Baleche, o Garcia da Hadassa (Novo), é o entrevistado da semana do Marília Notícia. Ele aposta em perfil inovador e se coloca como terceira via para a Prefeitura de Marília nas eleições de outubro deste ano.
Ao MN, afirmou com exclusividade que já firmou pré-acordo com empresas estrangeiras para geração de cinco mil novos empregos em quatro anos de governo na cidade.
No jogo político, Garcia não ficou em cima do muro quando questionado sobre a escolha do vice e quebrou o silêncio sobre a ex-aliada Vânia Ramos (Republicanos). O pré-candidato também comentou os nomes de Silvio Harada (PSD), de Rogério Alexandre da Graça, o Rogerinho (PP) e Fabiana Camarinha (Podemos).
Na entrevista desta semana, Garcia da Hadassa traz propostas para salvar o Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm) e para transformar Marília em referência oncológica, além de caminhos para uma gestão de “cidade inteligente”. “Estou feliz e otimista. Podemos gerar até cinco mil novos empregos em quatro anos de mandato”, afirma.
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MN – Como está sendo a aceitação do Garcia nos bairros? O que a população tem falado para você?
GARCIA – As pessoas estão me recebendo muito bem e falando em mudança, pelo menos grande parte delas. Nossas pesquisas internas também apontam para uma opinião popular de mudança, almejando perfil de candidato novo, mas que entenda de administração e tenha experiência. Tenho percorrido todos os bairros, de norte a sul e de leste a oeste, além dos distritos. Estamos fazendo um trabalho de mostrar nossas propostas e intenções.
MN – Após visita do presidente estadual do Novo, Ricardo Alves, a Marília, o partido definiu alguma agenda programática de campanha para você?
GARCIA – Vou participar da convenção estadual do Novo, que nos oferecerá um treinamento e capacitação, principalmente para nossos pré-candidatos a vereador. Já passei de 11 cursos do partido e este será o 12º. A eleição majoritária pelo Novo é bem exigente.
MN – Você vai para Israel novamente antes da convenção partidária em julho?
GARCIA – Sim, mas desta vez será diferente. Todas as vezes que fui para Israel, fui como turista, dentro de uma viagem diplomática ou a trabalho. Agora, irei para visitar cases de tecnologia, soluções encontradas para tratamento e falta de água, sistema de poços profundos e conhecer o Hospital Hadassa, que por incrível que pareça tem o mesmo nome da minha empresa. É um dos maiores hospitais do mundo. Vamos conhecer ainda outros projetos sobre cyber segurança, educação e reciclagem. Temos mais de 40 visitadas agendadas em uma semana.
MN – Uma das suas propostas é trazer empresas de Israel para Marília. Como seria?
GARCIA – Vou revelar em primeira mão para o Marília Notícia. Em Israel, estarei com um investidor na área de empreendimentos imobiliários de cotas. Tem duas áreas em Marília, o Parque do Povo, na zona sul, e o antigo Parque Aquático, na região oeste, que podem sediar grandes complexos de lazer, a exemplo de “thermas” [Thermas dos Laranjais]. Quero transformar Marília numa espécie de Olímpia, com um dos maiores thermas do Brasil. Esse investidor de Israel tem experiência justamente neste segmento, que incentiva o turismo local e aquece a economia dos hotéis e restaurantes. Através de parcerias público-privado, conseguiremos fazer.
MN – Marília tem espaço para mais distritos industriais. Você pretende doar áreas para instalação de novas empresas e assim gerar empregos?
GARCIA – Claro, e aproveitando o gancho, vou passar outro furo de reportagem para o site. Já conversei e pré-acordei com nove empresas internacionais e pretendo trazer duas empresas por ano para a cidade, em quatro anos de governo, totalizando oito. Devemos gerar mais de cinco mil empregos até o final do meu mandato. Precisamos da iniciativa privada para a criação de novos postos de trabalho. Isto gera receita para o município.
MN – Como amenizar a dívida de mais de R$ 1 bi da Prefeitura? Como vai ser sua solução na prática?
GARCIA – Nenhum pré-candidato é louco de dizer que vai pagar tudo em quatro anos. Certamente vou estancar essa sangria, fazendo com que a saúde financeira volte ao normal, trabalhando diariamente. A dívida é um problema histórico, de outros governos, e vamos resolver tudo isso aumentando a receita da Prefeitura, mas sem aumentar impostos. Basta incentivar mais o comércio, promover a geração de renda e trazer investimentos.
MN – Você tem alguma inspiração política?
GARCIA – Tenho um jantar agendado com o prefeito de Joinville, Adriano Silva, do Novo. Ele tem 94% de aprovação e aconteceu um fato lá. Ninguém quer se candidatar em Joinville e concorrer com o Adriano. Tenho admiração por ele e quero conhecer o trabalho dele de perto. Também tenho um encontro marcado com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema Neto, do Novo, e vou pedir conselhos para ele sobre como regularizar as finanças de Marília. E por fim, quero falar sobre o ex-prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PSB), com quem agendei uma reunião para falar do Instituto de Previdência do Município de Marília (Ipremm). Ele resolveu as dívidas da Previdência de Bauru. Quero saber o caminho.
MN – Agora vamos falar sobre o jogo político. O atual procurador-geral do município, Alysson Alex Souza e Silva, presidente municipal do Partido Liberal (PL) e ligado ao prefeito Daniel Alonso (PL), te atacou nas redes sociais. Ele disse que você é um pré-candidato do Camarinha. Qual sua posição sobre isto?
GARCIA – O medo deles é meu crescimento político, porque o atual governo está ruim, com alta rejeição e o pré-candidato deles é fraco. O opositor natural deles é Vinicius Camarinha (PSDB/Cidadania), mas se eles estão me atacando é porque estou na frente deles. Se eu estivesse atrás deles, eles iam atacar o Vinicius. O próprio Abelardo Camarinha (Podemos) disse recentemente que eu era o candidato do Daniel. Tive dois marqueteiros gratuitos: Alysson e Camarinha. Só tenho a ganhar com isso.
MN – Sei que o nome do seu vice ainda não foi definido. Vou citar alguns nomes e gostaria que fizesse um comentário individual sobre cada um deles. O primeiro é Silvio Harada (PSD).
GARCIA – Aceitaria ele como meu vice sim, é meu amigo pessoal. É uma pessoa honrada e honesta. Converso com ele toda semana e tenho carinho por ele. Não sei como ficará a composição, depende dele e do partido também.
MN – Rogerinho (PP).
GARCIA – É uma pessoa que tenho um bom relacionamento, mas acho que somos um pouco distantes politicamente. Acho que não daria liga. Não tenho proximidade, mas não carrego rejeição contra o nome dele.
MN – Vânia Ramos (Republicanos).
GARCIA – Ela está bem alinhada com o Eduardo Nascimento (Republicanos). Acredito que o Eduardo se mantenha como candidato a prefeito. Até um tempo atrás, a Vânia me apoiava e agora mudou para o Eduardo, e respeito. A Vânia será candidata a vereadora e acho que permanecerá assim.
MN – Fabiana Camarinha (Podemos).
GARCIA – Não acredito que a Fabiana aceite ser vice de alguém. Acho que ela será uma das mais votadas na vereança, porque temos que reconhecer o bom capital político do Abelardo, que transfere apoio para a Fabiana. Não tenho nada contra ela.
MN – Para encerrar, você está otimista, feliz com seu desempenho até agora?
GARCIA – Estou sim e com possibilidades reais de vitória. Fui num pesqueiro na zona sul recentemente, tinha umas mil pessoas lá. Gostei da recepção das pessoas, que depositaram muito carinho e confiança em mim. Abracei todo mundo [emocionado], era muita gente. Tenho ido nas quermesses e visto nossa aceitação in loco. Só pra ter noção, meu Instagram ganhou 22 mil novos seguidores só de Marília nos últimos 60 dias. Será uma eleição difícil, mas estou otimista.
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