Furtos de fios provocam transtornos
O plantão policial de Marília, que funciona na CPJ (Central de Polícia Judiciária), tem registrado frequentes casos de furto de fios no município, crimes que causam uma série de transtornos. Nos últimos dias foram centenas de metros subtraídos.
Na tarde de quarta-feira (29) representantes da Telefônica denunciaram o sumiço de 140 metros, além de mais 213 metros levados recentemente.
Pontos da zona rural, como a estrada vicinal entre Marília e Avencas ou também a estrada do Pombo, e mesmo na zona urbana, como na rua Galileia que fica no bairro Betel, foram alvos de criminosos.
Na última terça-feira (27) funcionários da mesma empresa de telecomunicação já haviam registrado outros dois boletins de ocorrência parecidos. Aproximadamente 50 metros de cabos foram levados nas ruas João Marconato, Maria Maldonado e Eliezer Rocha.
Outros casos
Outras empresas do ramo, como a operadora de celular TIM, também vem sofrendo com o furto de equipamento, que frequentemente afeta o sinal dos celulares de clientes da cidade. O Marília Notícia já noticiou o problema algumas vezes.
Ainda nesta semana, uma loja de materiais de construção registrou o furto de nove rolos com 100 metros de fiação cada.
Em fevereiro, outros dois casos chamaram a atenção. Um homem foi preso no Jardim Continental enquanto carregava grande quantidade de fios furtados durante a madrugada. Teve também o furto de 2 mil metros de fios em uma construção.
Em dezembro de 2016 o MN noticiou a morte de Arcendino Alves Sampaio, então com 61 anos, eletrocutado em estrada de terra na zona Oeste. Ele foi encontrado pendurado nos fios de um poste e tudo indica que pretendia subtrair a fiação. O caso foi registrado como furto qualificado e morte suspeita.
Valores
O que atrai criminosos a furtarem fios, inclusive colocando sua vida em risco, é o valor pago pelo produto, principalmente no “mercado negro”.
A reportagem conversou com o dono de um ferro velho, que afirmou pagar R$ 13 pelo quilo do fio de cobre, com a condição de ser “limpo”.
Ou seja, compra apenas material de origem lícita, que não seja fruto de crime. Nem todos, porém, seguem a regra.