Funcionários ficam indignados com salários ‘astronômicos’ na Fumes
Nos últimos dias começaram a circular nas redes sociais reproduções da folha de pagamento da Fundação Municipal de Ensino Superior (Fumes) com salários considerados “astronômicos” pelos trabalhadores da saúde. A divulgação vem gerando polêmica.
Cargos de direção e coordenadoria receberam vencimentos mensais entre R$ 17 e R$ 22 mil em maio deste ano, segundo documentos que constam originalmente em uma ação civil pública em que o Ministério Público solicitou a relação de cargos da Fundação.
A Fumes faz parte da organização de suporte ao Hospital das Clínicas de Marília e da Faculdade de Medicina de Marília, o Complexo Famema.
O contexto é de luta dos trabalhadores do serviço de saúde do Complexo Famema por reajuste salarial.
Assembleia realizada há duas semanas decidiu por uma greve a partir do dia 30 de setembro, mas a data pode ser prorrogada, segundo apurou o site.
Para complicar a situação, outra folha de pagamentos, de junho de 2018, em comparação com a mais recente, indica que no primeiro escalão ocorreram promoções e aumentos nos vencimentos em alguns casos.
Outro agravante do momento é que no começo do mês o juiz da Vara da Fazenda de Marília, Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, decidiu de forma liminar pelo afastamento de dez pessoas que ocupam cargos comissionados na Fundação.
No último dia 14 de setembro a defesa da Fumes pediu esclarecimentos para a o magistrado, como detalhes sobre a forma de demissão e prazos para a tomada da medida.
Houve também o protocolo de um recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo contra a decisão liminar. Entre os argumentos está o impacto que as demissões causarão ao funcionamento do Complexo Famema.
O escritório de advocacia contratado pela Fumes protocolou ainda o pedido de segredo de Justiça para a ação, alegando o risco de “funcionários ficarem todos os dias expostos a afirmações de futuro sombrio, de conclusão trágica”.