Funcionário de pronto-socorro é agredido por cunhado de vereador em SP
O funcionário de um pronto-socorro de São Vicente (SP) foi agredido na segunda (27) após tentar impedir a entrada da equipe do vereador Tiago Peretto (União).
Agressor foi identificado como Rafael, cunhado de Tiago. Imagens mostram quando eles se aproximam de um local com acesso restrito. Rafael estava filmando a entrada do político na unidade de saúde.
Funcionário quis impedir a gravação. Arnaldo Blume Filho liberou a passagem para Tiago após ele empurrar o portão e acenar para que a equipe o acompanhasse, dizendo: “Não fecha o portão para cima de mim, não” e “chama a polícia”.
Rafael tenta entrar com o celular na mão, mas Arnaldo derruba o aparelho. Ele se irrita e dá dois socos na vítima, que cai no chão.
Arnaldo foi socorrido e passou por uma sutura na boca. A Prefeitura de São Vicente também informou que vai discutir com o sindicato a criação de uma nova portaria, “mais restrita à entrada de qualquer pessoa estranha aos ambientes de saúde, a fim de proteger trabalhadores e pacientes”.
Em live, o vereador Tiago Peretto diz que repudia a agressão e que Rafael foi desligado. “Queria pedir desculpas ao funcionário, em nome do meu cunhado Rafael. A gente não pode admitir nem acha bacana [a agressão]”.
“Não é uma ação de um CPF que não é meu que vai descredibilizar a minha imagem. Não fui eu que agredi. Sou responsável sim, tomei as medidas que couberam a mim, que foi desligar, dar uma dura e me comprometer com o cara que foi agredido”, disse o vereador Tiago Peretto.
Tiago diz que foi até o PS após ser chamado por uma munícipe que não conseguiu atendimento. A prefeitura diz que a fiscalização in loco de vereadores só é liberada com a presença de um responsável, “o que não ocorreu”.
Um boletim de ocorrência foi registrado. O caso será investigado como lesão corporal pelo 1º DP de São Vicente. “Foi solicitado exame de corpo de delito para a vítima, que foi orientado quanto ao prazo para oferecer a representação criminal, necessário de acordo com a lei, por se tratar de crime de ação penal condicionada”, informou a Secretaria de Segurança Pública.