Fóssil de crocodilo achado em Marília estava no Museu Nacional
Um dos mais impressionantes fósseis encontrados em Marília, de um do crocodilo Mariliasuchus, que viveu no mesmo período em que os dinossauros, estava no Museu Nacional, destruídos em um incêndio no último domingo (2) no Rio de Janeiro (RJ).
A informação é do paleontólogo Willian Nava, responsável pela descoberto do fóssil. De acordo com ele, muitas outras peças também estavam na mesma instituição, doadas para estudos no começo dos anos 2000.
Nava lamenta a perda do material extremamente raro. De acordo com ele, o crocodilo tinha o esqueleto inteiro e foi encontrado próximo de um leito do rio do Peixe há 20 quilômetros da cidade.
Os fósseis, de acordo com ele, “resultaram em vários trabalhos (artigos científicos) para a ciência brasileira e particularmente para a paleontologia de vertebrados , pois esses estudos trouxeram à luz importantes informações sobre a biologia e o comportamento desses extintos animais da era dos dinossauros”.
Outros exemplares da mesma espécie de crocodilo foram coletados em campanhas de campo efetuadas pela equipe do Museu Nacional quando aqui estiveram, há poucos anos.
O ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, afirmou na segunda-feira, 3, que a Polícia Federal iniciou as investigações sobre as causas do incêndio que destruiu ontem o Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Soares afirmou ainda que discussões com o Congresso Nacional estão em curso para ajustar o orçamento destinado a socorrer o Museu.
O maior tesouro do Museu Nacional é o esqueleto mais antigo já encontrado nas Américas, com cerca de 12 mil anos de idade. Achado em Lagoa Santa, em Minas Gerais, em 1974, trata-se de uma mulher que morreu entre os 20 e os 25 anos de idade e foi uma das primeiras habitantes do Brasil.
O crânio de Luzia e a reconstituição de sua face – revelando traços semelhantes aos de negros africanos e aborígines australianos – estão em exibição no museu. A descoberta de Luzia mudou as principais teorias sobre o povoamento das Américas. É considerado o maior tesouro arqueológico do país.