Financiamento imobiliário aumenta em Marília após pandemia
O financiamento imobiliário em Marília embalou após o fim da pandemia e chegou a R$ 2,3 bilhões em abril de 2023, um crescimento de 13,23% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento de dois dígitos não acontecia desde 2020.
Na mesma época de 2022 eram registrados mais de R$ 2,033 bilhões, o que significa incremento de R$ 269 milhões nas movimentações no mercado da construção civil e aquisição de imóveis.
A reportagem do Marília Notícia consultou os dados do Banco Central do Brasil diretamente no sistema Estban, também conhecido como “Estatística Bancária Mensal por Município”.
MAIS INCENTIVOS
Edson de Souza Moreira, proprietário da Moradas Imóveis, explica que o crescimento decimal tem contribuição direta das novas regras do Programa Minhas Casa, Minha Vida (MCMV). “A gente vem num grande crescimento e tenho observado que, em parte, é pelo novo valor de financiamento do Governo, agora de até R$ 350 mil. Todo mundo está conseguindo comprar casas de valores maiores”.
Com a diferença dos R$ 269 milhões para este ano seria possível comprar mais de 769 casas avaliadas em R$ 350 mil – valor máximo do MCMV faixa 3 – ou mais de 1.359 apartamentos de R$ 198 mil – valor máximo do MCMV faixa 1.
O empresário ainda estima que a maioria dos financiamentos são de imóveis novos, principalmente em empreendimentos imobiliários. “De 70 a 80% são venda de novos e Marília vive um boom de lançamentos, mais de 50% das minhas vendas são para esses empreendimentos”.
AVANÇO PROGRESSIVO
Em relação a abril de 2021, o crescimento até o quarto mês do ano passado foi de 9,29%, uma aplicação de R$ 172.947.991 na cidade. Na época, era registado R$1,8 milhão.
O MN já tinha noticiado que o seguimento comercial teve crescimento mesmo durante a pandemia, entre 2020 e 2021. O financiamento imobiliário do sistema bancário de Marília alcançou mais de R$ 1.860.540.764 em abril de 2021, um crescimento de 10,96% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Sobre o crescimento na época, Moreira acredita que houve uma corrida por melhor conforto. “As pessoas queriam trabalhar em casa, então procuraram casas maiores, com dois ou três quartos, porque um dos quartos iria virar escritório”, finaliza.