Fila para fisioterapia na rede pública em Marília ultrapassa 400 pacientes
A fila de espera para atendimento de fisioterapia já ultrapassou os 400 pacientes em Marília. O alto número agora demanda a realização de mutirão para solução de um problema que, caso não tenha a devida atenção, pode se tornar crônico no município. Para a fisioterapeuta Thaynara Mariucio Scaquete, a demora pode gerar agravamentos na saúde dos pacientes.
A profissional explica que, se o paciente depende de uma cirurgia, o quadro pode piorar e se tornar um problema sério de saúde. “Existem vários casos diferentes. Por exemplo, pacientes com insuficiência respiratória também precisam passar por tratamento com fisioterapia e, se o tempo de espera para atendimento é longo, o problema agrava para uma pneumonia”, esclarece.
Segundo Thaynara, pacientes com dificuldades motora são os mais preocupantes. “Se a pessoa sofreu uma queda, fraturou um osso e necessita de atendimento urgente, sua reabilitação ficará comprometida e seu quadro poderá piorar. Fica o alerta para a importância da agilidade em certos atendimentos”, complementa.
A possibilidade de realização de um mutirão de fisioterapia foi discutido em requerimento da Câmara. “Existe uma demanda de mais de 400 pacientes esperando há tempos o atendimento para essa especialidade”, afirmou o ex-secretário municipal da Saúde, médico e vereador Sérgio Nechar (PSB), em plenário na última segunda-feira (13).
Nechar requisitou no requerimento providências para a implantação de um Centro de Reabilitação de Fisioterapia. “Consegui, através do deputado estadual Helinho Zanatta (PSD), uma emenda parlamentar destinada a este objetivo específico”, complementa o vereador, que ainda sugeriu o uso da emenda de R$ 100 mil para a implantação da unidade na região sul da cidade.
A proposta, contudo, teria ficado sem resposta. Parlamentar alegou falta de retorno da Secretaria Municipal da Saúde, hoje comandada pelo médico Osvaldo Ferioli – que na época foi secretário adjunto na gestão de Nechar frente à pasta.
Para o vereador, a ausência de uma resposta da Prefeitura sobre o mutirão pode gerar sérios riscos à saúde dos pacientes na fila de espera. “E também não temos ciência das providências que estão sendo tomadas quanto à utilização da emenda parlamentar obtida para a construção do Centro de Reabilitação na zona sul”, consta no requerimento.
Marília hoje já enfrenta colapso na saúde mental. São milhares de pacientes que encaram uma fila gigantesca com prazo de cinco anos para encaminhamento ao especialista. Caso o município não adote providências emergenciais, o quadro de atendimento em fisioterapia pode tomar o mesmo curso.
O Marília Notícia entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura para obter informações sobre a fila de espera, mutirão e questionamentos da Câmara, mas até o fechamento desta matéria, não houve retorno. Espaço permanece aberto.