Fevereiro se torna segundo mês mais letal da pandemia em Marília
O mês de fevereiro foi o segundo pior desde o início da pandemia, em relação ao número de mortes em Marília. Ao longo dos 28 dias, 41 pessoas perderam a batalha contra o coronavírus. Em janeiro, quando houve recorde absoluto de vítimas fatais, a cidade teve 63 mortes confirmadas em 31 dias.
Os dados são da Secretaria Municipal da Saúde, que há quase um ano divulga boletins diários sobre a doença. Desde o início da crise sanitária, a cidade teve 210 mortes por agravos da Covid-19.
O mês de fevereiro também foi o segundo em número de novos casos. Em janeiro foram 4.017 testes positivos. Já no mês passado, a Saúde constatou 2.134 pessoas com o vírus.
Para o secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto, é incontestável que as festas de final de ano, viagens e visitas elevaram as taxas de contaminação. As pessoas circularam mais e, por se tratar de um vírus respiratório, o aumento de contato fez aumentar os contaminados.
Ele acredita ainda que o mês de fevereiro teve número alto por pelo menos dois motivos: a elevada propagação do vírus em janeiro levou semanas para apresentar melhora, impactando fevereiro, além dos excessos do Carnaval – mesmo sem ponto facultativo.
“As pessoas precisam respeitar o distanciamento. Tivemos uma melhora no começo de fevereiro, mas infelizmente já estamos novamente com UTIs lotadas. No domingo tivemos transferência de paciente de Marília porque não havia leito na cidade”, alertou Cássio.
Casos em transmissão
Um dos indicadores mais observados pelas autoridades sanitárias é o número de casos em transmissão. A etapa final de dezembro, janeiro e fevereiro tiveram em comum o excessivo número de pessoas contaminadas – simultaneamente.
No dia 31 de dezembro, segundo o boletim do município, 337 pessoas tiveram diagnóstico positivo e ainda estavam em tratamento (ou período de isolamento, mesmo sem sintomas). A cidade tinha 83 moradores internados.
No final de janeiro, após um mês complicado no histórico da pandemia, eram 296 contaminados e 83 internados. Já no fim de fevereiro, o número voltou a subir, com 340 positivos simultâneos e 88 ocupando leitos de UTI ou alas de internação clínica.