Festa da Cerejeira perde organizador a menos de um mês do evento

A tradicional Festa da Cerejeira de Garça, uma das maiores celebrações da cultura nipo-brasileira da região, corre risco a pouco menos de um mês da sua 38ª edição. Marcada para ocorrer entre os dias 18 e 22 de junho, no Complexo Turístico J. K. Williams, a festividade perdeu seu organizador, o Instituto Paulo Kobayashi, com sede em São Paulo, que desistiu de comandar o evento por considerar inviável cumprir o cronograma em tempo hábil.
O instituto havia sido o único habilitado no chamamento público aberto pela Prefeitura de Garça em 2 de abril, com resultado divulgado apenas no dia 13 de maio. Contudo, com pouco mais de um mês até o início do evento, segundo a própria assessoria da administração municipal, o habilitado alegou não haver tempo suficiente para a execução do evento, conforme exigências do edital.
A Prefeitura informou ainda que não realizará novo chamamento e que, apesar da desistência, a festa não vai ser adiada. Em nota, destacou que todas as atrações já foram contatadas, embora os contratos ainda não tenham sido assinados, mesmo faltando 22 dias para o início da festa.
“Estamos aguardando as definições. O jurídico está cuidando da situação e a programação será divulgada na sexta-feira”, informou o governo municipal.
A incerteza quanto à estrutura, contratos e organização geral da festa gera preocupação entre apoiadores, expositores e frequentadores do evento, que há décadas movimenta Garça e a região com gastronomia, arte, cultura e lazer. O clima na cidade é de expectativa e apreensão.
Até o momento, não houve informação oficial sobre a programação da festa, que costuma trazer grandes shows e visitantes de várias cidades da região e de todo o Estado de São Paulo.
O Instituto Paulo Kobayashi, que organizaria a festa, confirmou a desistência e afirmou não saber como vai ficar a situação da festa.
“Tem uma associação nipo-brasileira na cidade e eles vão assumir a organização e coordenação geral dessa festa. Ainda está sendo conversado com a parte jurídica e com o pessoal da própria associação. Por enquanto, não temos uma posição oficial para passar, mas a festa continua sendo organizada. É uma festa que a gente gosta muito e vamos ver como vai ficar. A gente quer que ela continue crescendo e se o melhor caminho for esse, a gente concorda”, afirmou o Instituto Paulo Kobayashi.