Faturamento do comércio na região atingiu R$ 1,1 bilhão em abril
O comércio varejista na região de Marília faturou R$ 1,1 bilhão em abril, alta de 4,2% na comparação com o mesmo mês de 2017. É a maior cifra registrada para um mês de abril desde 2008. No acumulado de 12 meses, as vendas do setor cresceram 4,7% e, na soma dos quatro primeiros meses do ano, a alta foi de 4,5%.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Das nove atividades analisadas, duas apresentaram queda nas vendas, se comparado a abril de 2017. São elas: supermercados (6%); e lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2,9%), impactando negativamente em 2,7 pontos porcentuais (p.p.) o resultado geral.
Por outro lado, os segmentos de outras atividades (13,9%); concessionárias de veículos (16,9%); e de materiais de construção (19%) tiveram os maiores crescimentos nas vendas no período, contribuindo com 5,4 p.p. para o desempenho do mês.
“Embora a recuperação do varejo represente um alívio após um período turbulento em nossa economia, esses números não podem ser interpretados como permanentes, pois os principais indicadores econômicos determinantes para o consumo ainda estão em queda, com destaque para o desemprego e diminuição da renda da população”, ressalta Pedro Pavão, presidente do Sincomercio Marília.
Desempenho estadual
As vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo atingiram R$ 52,9 bilhões em abril, alta real de 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado. É a maior cifra registrada para um mês de abril desde 2008 e R$ 3,5 bilhões acima do apurado em abril de 2017. Com esse resultado, o faturamento real do setor acumulou altas de 6,8% no ano e de 5,5% nos últimos 12 meses.
Como vem ocorrendo desde julho de 2017, as vendas do varejo cresceram em todas as 16 regiões do Estado, evidenciando o bom momento do comércio nesse início de ano. Em abril, os destaques ficaram por conta das regiões de Campinas e Guarulhos, cujo faturamento real avançou 12,9% e 12,5%, respectivamente.
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas os supermercados apresentaram queda nas vendas em relação a abril de 2017 (-4,2%), resultando em uma pressão negativa de 1,6 ponto porcentual (p.p.) no resultado geral. Por outro lado, os setores outras atividades (15,7%) e concessionárias de veículos (20,8%) foram determinantes para o desempenho geral, contribuindo com 5,3 pontos porcentuais.
Expectativa
Apesar dos bons resultados mostrados até o quarto mês do ano, as frequentes turbulências políticas em ano eleitoral, cercadas por muitas incertezas e gerando volatilidade diária nos mercados, podem já, a partir de maio, mostrar impactos sobre o cenário econômico conjuntural, estima a Entidade. Por isso, a avaliação dos resultados de vendas de maio será para se começar a definir, com mais precisão, as tendências para o varejo até o fim do ano.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.