Famema avalia greve como movimento ilegítimo
Em nota divulgada à imprensa, o Complexo Famema afirmou que “não reconhece o movimento de greve deflagrado pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Serviços de Saúde”.
Parte dos trabalhadores fizeram uma paralisação no começo da manhã da última quarta-feira (9) e continuam desde então, com o movimento de greve.
Os funcionários protestam contra o atraso no pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário. Os hospitais do complexo acumulam dívidas e o calote desta vez foi de R$ 4 milhões.
“Não é por conta somente do atraso. É também pelas péssimas condições de trabalho, pelo assédio moral que recebemos todos os dias e porque não confiamos nessa diretoria. Me pergunto, porque atrasou? Onde foi parar esse dinheiro?”, diz uma funcionária que prefere não se identificar com medo de represálias.
Segundo o hospital, a diretoria do Complexo Famema já anunciou que o pagamento do décimo terceiro em sua integralidade ocorrerá no dia 14 de dezembro de 2015.
“As assembleias contaram com a presença de algo em torno de 40 funcionários, quando o Complexo Famema possui 2.450 funcionários, portanto a referida deliberação não representa a maioria. O movimento iniciado no dia 09 de dezembro tem contado com a adesão diária de algo em torno de apenas 2% do quadro de funcionários, situação que demonstra mais uma vez, a ilegitimidade do movimento intitulado grevista. Para o Complexo Famema a greve não existe, se tratando de mera ausência de alguns trabalhadores ao seu posto de serviço”, disse a Famema.
Ainda de acordo com o hospital, as unidades hospitalares e ambulatoriais estão funcionando normalmente, reiterando que não houve adiamento de cirurgia ou que o atendimento aos pacientes foi prejudicado em decorrência do movimento.