Famar suspende gratificação para professores da Famema
A diretora-presidente da Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília e ao Hospital das Clínicas de Marília (Famar), Eloísa Gelsi, determinou a suspensão do pagamento de Gratificação Atividade Docente a partir deste mês.
Uma parte dos professores da Famema são ligados a Famar e outra a Fundação Municipal de Ensino Superior de Marília (Fumes). A decisão afeta apenas os docentes da Famar.
A gratificação foi criada por meio de portaria de janeiro deste ano. Segundo professores ouvidos pelo Marília Notícia, o benefício teria sido instituído na Famar com o objetivo de garantir os mesmo direitos que possuem docentes vinculados a Fumes – onde existiria uma gratificação similar.
Com a suspensão, na Famar, os salários dos professores podem ser reduzidos drasticamente. Dependendo da titulação – se mestre ou doutor, por exemplo – a gratificação varia entre 40% e 80% do salário base.
De acordo com Eloísa Gelsi, para a suspensão foi considerado que os recursos utilizados seriam da área da saúde, dinheiro esse que, segundo a Famar, não pode ser utilizado para pagamento de professores.
A previsão de pagamento também não constaria em convênios com o Sistema Único de Saúde. Outro fator foi a inexistência do plano de cargos, salários e benefícios dos empregados da Famar.
Um último motivo apresentado pela diretora-presidente foi a abertura de uma fiscalização da Famar pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Membros da associação de docentes devem se reunir com os representantes da Famar e da Famema nos próximos dias com o objetivo de rever a suspensão. Não está descartada a adoção de medidas judiciais pelos professores.
Vale lembrar que sistematicamente o TCE aponta irregularidades graves em pagamentos feitos a professores da Famema.