Famar divulga balanços positivos em contas de 2021 e 2022 e busca diminuir dívida
A Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília (Famar) divulgou os balanços positivos das contas dos anos de 2021 e 2022, já aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), além de estimar um superávit também nas contas de 2023.
A divulgação foi realizada após o TCE rejeitar os resultados de 2019. O documento apresentou, à época, um aumento da dívida da instituição em R$ 4,6 milhões, o que contribui diretamente para o aumento do passivo a descoberto, encerrado naquele ano em R$ 17,3 milhões.
De acordo um documento disponibilizado ao Marília Notícia, a Famar conseguiu um superávit de aproximadamente R$ 3,4 milhões em 2021 e R$ 9,5 milhões em 2022, somando assim R$ 12,9 milhões.
“Examinadas, não detectamos inconsistências. Tendo em vista os números do quadro retro, o resultado positivo do exercício em exame reduziu a situação desfavorável do patrimônio líquido do exercício anterior”, declarou o TCE.
Ainda assim, além do aumento da dívida em 2019, as contas de 2020 também apresentam déficit fiscal. Por isto, mesmo com o resultado positivo nos anos seguintes – 2021 e 2022 -, o valor de toda a dívida da Famar continua negativo em R$ 16,3 milhões.
Entretanto, parte deste grande volume de dívida pode ser coberto nos próximos meses, já que a Famar estimou que o balanço das contas de 2023 deve apresentar um novo resultado positivo, que pode superar os R$ 10 milhões. Atualmente, uma auditoria independente está realizando o fechamento das contas do ano passado.
FECHAMENTO
No julgamento do recurso sobre a irregularidade das contas de 2019, os conselheiros chegaram a sugerir que o aumento da dívida da instituição estaria colocando em risco sua continuidade operacional.
Sobre a citação, a Famar disse que reafirmar o cumprimento de seu objetivo estatutário em colaborar com o desenvolvimento das ciências da Saúde, em especial com a Faculdade de Medicina de Marília (Famema) e com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília (HCFamema), como faz desde 2008.
Sobre o déficit das contas de 2019, reforçou a posição já defendida no recurso de que foi causado por motivos que fogem ao controle da atual gestão, principalmente em relação ao dissídio trabalhista.
“O processo judicial foi iniciado em julho 2015 e com a aplicação imprevisível do valor aproximado de R$ 19 milhões já no fim do ano fiscal, prejudicou o balanço das contas em seu fechamento”, ressaltou a Famar.
A instituição ainda divulgou que conta com um quadro de mais de 1.860 profissionais, empregados no regime de CLT, que impactam diretamente na economia da cidade de Marília e região.
“Reiteramos que a segurança jurídica da Fundação, bem como manter credibilidade perante aos órgãos fiscalizadores e sociedade, é prioridade desta Gestão Executiva e seu Conselho Administrativo”, finalizou a Famar.