Faltando um ano para as eleições, tabuleiro político começa a se mexer
Daniel Alonso (PSDB), Abelardo e Vinicius Camarinha (PSB) – ou algum indicado pela família, Juliano da Campestre, Marcos Farto (PSL), Tato Ambrósio (MDB), Marcos Rezende (PSD). Quem irá sair como candidato? Quais lideranças irão se aliar?
Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2020, estes nomes aparecem como alguns dos principais possíveis candidatos para comandar a Prefeitura de Marília nos quatro anos entre 2021 e 2024.
Daniel Alonso
Pré-candidato natural à reeleição, o prefeito Daniel disse ao site que o projeto de governo envolve mais um mandato. A atual gestão estaria enfrentando dificuldades financeiras e mais quatro anos seriam fundamentais para mais avanços e implementações planejadas.
“Cada centavo que entra nos cofres da Prefeitura é analisado com muita responsabilidade e investido para que possamos obter o melhor resultado. É gestão com compromisso. Até o final desse ano, vamos bater a casa de R$ 170 milhões investidos, com apenas 30% de financiamento”, disse Alonso em entrevista recente.
Wilson Damasceno
Cogitado por alguns, o vereador Delegado Damasceno (PSDB) disse ao site que está focado no trabalho legislativo e não pensa neste momento em Prefeitura. Apesar de estar no mesmo partido que o atual prefeito, o vereador faz oposição ao mandato de Daniel.
Dois fatores fundamentais pesam hoje contra o parlamentar: falta de apoio popular e ele ter que mudar de partido, já que naturalmente a vaga entre os tucanos deve ficar com Alonso – a não ser que o próprio prefeito mude de legenda. No entanto, o apoio e uma composição com Damasceno é vista com bons olhos por outros possíveis candidatos.
Tato Ambrósio
O vice-prefeito, Tato Ambrósio é outro que cogita disputar as eleições. “Não sou carta fora do baralho”, disse. Ele e Daniel estão rompidos desde o ano passado. O MDB, do vice, já estaria conversando com outros partidos.
Grupo dos Camarinhas
Muitos dos políticos não confirmam o interesse na disputa, como é o caso do deputado e líder da bancada do PSB no parlamento estadual, Vinicius Camarinha. O político, que teve um desempenho questionado quando foi prefeito, entre 2013 e 2016, foi o segundo mais votado na última eleição municipal, com 43,54% dos votos (48,2 mil).
“Assuntos relativos às eleições municipais serão tratados apenas em 2020”, disse Vinicius por meio de nota ao Marília Notícia.
O político deixou a Prefeitura de Marília com altíssima rejeição. Vinicius ainda é associado, por boa parte da população, aos escândalos envolvendo a Polícia Federal – que foi até o seu apartamento na Operação Miragem – e a crise do lixo vivida no final de seu mandato.
Seu pai, o ex-prefeito Abelardo Camarinha, disse também por meio de nota que “o site Marília Notícia não tem imparcialidade para produzir e publicar uma matéria relativa às eleições municipais”.
Abelardo atualmente está impedido de disputar as eleições por ser enquadrado como ‘ficha-suja’ após condenações da Justiça. Mesmo assim, a exemplo do que fez o ex-presidente Lula em 2018, o político que comandou a cidade por décadas vem se colocando como possível candidato.
É certo que o grupo político lançará alguém e especula-se que esta pessoa possa ser a esposa de Abelardo, Fabiana Camarinha, ou o vereador Danilo da Saúde (PSB) – o parlamentar mais bem votado em 2016, com 3,8 mil votos.
Contra Danilo também pesa o fato de estar envolvido em um escândalo de corrupção – o famoso caso dos tablets da Saúde. “É muito cedo ainda, na política as coisas mudam muito rápido. Não tenho essa pretensão, sou pré-candidato a vereador”, disse ao MN.
Juliano da Campestre
Juliano da Campestre, que em 2016 também disputou a Prefeitura de Marília, é outro cotado para o pleito. Há três anos o empresário levou 9,29% dos votos (10,2 mil). Ano passado foram 15,9 mil votos para deputado federal.
O empresário da comunicação recentemente levou uma ‘rasteira’ do grupo político ligado aos Camarinhas. Juliano comandava o Solidariedade, partido que agora está sob influência de Vinicius. Informações de bastidores dão conta de que o acordo com Camarinha foi feito por dirigentes estaduais do partido, sem a participação de Juliano, que teria ficado extremamente irritado.
Em entrevista recente na imprensa local, Juliano confirmou a ‘traição’ e contou sobre sua aproximação com o Avante, partido do deputado estadual Sargento Neri. Disse também que está conversando com várias lideranças partidárias para definir seu futuro.
Ao MN ele confirmou que é pré-candidato e disse que assumiu a presidência do Avante em Marília. “O partido pode fazer coligação, sim. Estamos estudando”, disse ao site. Ele poderia ser candidato a prefeito ou a vice.
Juliano tem bom relacionamento com Marcos Farto e Daniel Alonso.
Marcos Rezende e Ihoshi
Pelo PSD a expectativa é de que seja lançado um candidato a prefeito ou vice em Marília. O ex-deputado federal Walter Ihoshi nega o interesse na disputa e afirma que o presidente da Câmara, vereador Marcos Rezende, pode disputar o Executivo local.
Já Rezende fala que está focado na eleição para a Câmara de Marília e que Ihoshi é sim o nome da sigla para a Prefeitura. Nos bastidores a informação que corre é de que o partido está inclinado a acabar se aliando ao prefeito Daniel Alonso na disputa para 2020.
Vale lembrar que Marcos Rezende foi eleito presidente da Câmara Municipal com o apoio fundamental do atual chefe do Executivo.
Marcos Farto
Pelo PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, o policial militar da reserva Marcos Farto é quem figura como possível candidato.
Com base Marília, em 2018 Farto tentou uma vaga a deputado estadual e recebeu mais 7,6 mil votos na cidade e acima de 11 mil votos ao todo. Ele recentemente assumiu o controle do partido na cidade.
Farto tem notória proximidade com Juliano, mas disse recentemente que a legenda pode optar por fazer composição com outros partidos na disputa pela Prefeitura. “O diálogo está aberto”, falou.
“Teremos candidatos tanto nas eleições majoritárias [para prefeito e vice], quanto nas proporcionais [para vereadores]”, disse Farto.