Falta de cuidador especial deixa criança sem aula
O problema com cuidadores de alunos com deficiência não é um problema apenas das escolas municipais de Marília. Uma mãe afirma que seu filho de seis anos, com necessidades especiais, está sem aula na escola estadual Antônio Gomes, no Alto Cafezal, desde 2 de fevereiro.
A mãe Yara Claudia Gonçalves, de 30 anos, não sabe o que fazer. De acordo com ela, que trabalha como balconista, a diretora informou que o Estado não contratou novos cuidadores e não existe prazo para que isso seja feito.
“Meu filho já vai para a terceira semana sem aula e a diretora me disse para eu ficar com ele na escola ou indicar algum parente, mas eu tenho que trabalhar e não tenho ninguém que possa acompanhar ele para mim”, lamenta.
De acordo com ela, seu filho começaria o primeiro ano do ensino fundamental, mas teme que ele fique sem cursar a escola em 2017. “As crianças com deficiência não podem ficar sem cuidadores”, explica ela.
Outras mães, conta Yara, sofrem o mesmo problema. “Só foram mantidos os cuidadores que já estavam no ano passado. Estão faltando novos. Algumas mães estão ficando na escola. Uma amiga minha tirou férias para ficar com seu filho na escola”, relata.
Enquanto o problema não é resolvido, Yara tenta vaga peregrinando por outras escolas, mas a dificuldade é geral. Sem cuidadores sobrando em toda a rede, ela ouve que as unidades não podem aceitar seu filho. “Já fui na Diretoria de Ensino, mas ninguém resolve”, fala.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado para comentar o problema. “A dirigente de ensino de Marília, Ivanilde Zamae, reforça que já está em contato com os pais dos alunos com necessidades especiais para uma resolução emergencial.”, disse o poder público.
Nas escolas do município, problemas com cuidadores também foram registrados nas últimas semanas. Por falta de pagamento a empresa chegou a anunciar a demissão dos funcionários, mas após negociação com a Prefeitura houve a recontratação [leia aqui].