Resultado de exame confirma retrocesso no Ensino da região de Marília
Resultado do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), divulgado nesta última quarta-feira (2), revelou perda da qualidade do ensino nas escolas da região de Marília, entre os anos de 2019 e 2011– período de pandemia, férias forçadas e ensino remoto.
Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Educação mostram que a maioria dos alunos da rede estadual – em Marília – não ultrapassa conhecimentos básicos em língua portuguesa e matemática.
Mais da metade das escolas tiveram baixa pontuação e receberam encaminhamento pedagógico para “recuperação intensiva” e “recuperação contínua”. Há ainda desigualdades dentro da própria rede de ensino na cidade, com escolas públicas em bairros nobres, com desempenho bem superior a estabelecimentos localizados nas periferias. As escolas com pior desempenho estão nos distritos.
PREJUÍZO AO ENSINO
Participaram da avaliação alunos das séries finais de cada ciclo, ou seja, do 5º e do 9º ano do Ensino Fundamental, além do 3º do Ensino Médio.
Na comparação com a edição 2019, o exame constatou na região de Marília retrocesso nos conhecimentos nos diferentes níveis.
No ciclo I do Fundamental (5º ano), a média das escolas estaduais da região antes da pandemia havia sido 231,3 em matemática e 216,8 em língua portuguesa; caiu para 215,2 e 201, respectivamente.
Em todo o Estado de São Paulo houve prejuízos nestes últimos dois anos. A média da rede na avaliação de leitura caiu de 224,4 para 198,2. Já na compreensão de matemática, a queda foi de 243,7 para 210,2.
EM MARÍLIA
O Saresp envolveu 37 escolas da cidade. Entre os estabelecimentos que atendem até o 5º ano, o melhor desempenho foi da escola “Carlota de Negreiros Rocha”, seguida do “Bento de Abreu Sampaio Vidal”. A pontuação em língua portuguesa e matemática permitiram níveis de proficiência considerados “adequados”.
Porém, três escolas da cidade tiveram pontuação que indicam que os alunos têm conhecimentos “abaixo do básico” nas duas áreas de conhecimento.
FUNDAMENTAL II
Entre as escolas que oferecem o Ensino Fundamental II, ou seja, até o 9º ano, nenhum estabelecimento da rede pública em Marília teve nota que indicasse proficiência “adequada” em português e matemática. As escolas que chegaram mais próximo foram a “Gabriel Monteiro da Silva” e “Lourenco de Almeida Senne”.
Sete unidades ficaram abaixo do indicador de conhecimentos básicos em escrita e uma em matemática.
ENSINO MÉDIO
No último ciclo de formação da Educação Básica, os alunos de sete escolas de Marília não apresentaram a proficiência mínima para língua portuguesa. Em matemática, o desempenho foi insuficiente em 17 unidades. Para estes casos, o encaminhamento pedagógico da Secretaria de Estado da Educação foi de “recuperação intensiva”.
Em nenhuma escola de Marília a média dos conhecimentos dos alunos de Ensino Médio foi considerada adequada. Para se ter uma ideia, a instituição melhor posicionada foi o “Amilcare Mattei”, que alcançou pontuação 289 em língua portuguesa e 298 em matemática, quando o mínimo ideal é, respectivamente, 300 e 350 pontos.
Os boletins com os resultados de cada escola participante, nos ensinos Fundamental (5º e 9º ano) e Médio, estão disponíveis no site do Saresp [clique para acessar].