Ex-prefeita de Ocauçu diz que desistiu das eleições porque sofreu ‘perseguições’
A ex-prefeita de Ocauçu, Alesandra Colombo (PL), afirmou ao Marília Notícia que desistiu das eleições municipais deste ano. A ex-chefe do Executivo tinha se lançado como pré-candidata ao cargo de vice-prefeita na chapa de Felipe de Lima Costa e Silva, o Felipe do Nino (PL). Contudo, de acordo com ela, a desistência teria se dado em decorrência de supostas perseguições políticas. Novo nome foi definido na semana passada.
Em seu último pleito, em 2016, Alesandra foi reeleita prefeita com 100% dos votos válidos no município. Na ocasião, filiada no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), a ex-prefeita não teve concorrente e foi candidata única.
Após a notícia sobre a reviravolta na pré-candidatura de Felipe do Nino, que agora conta com o pré-candidato a vice, Humberto Menegucci, o Beto da Val (PL), a ex-prefeita afirma que está elegível e não cometeu nenhuma irregularidade em seus mandatos.
“Já estávamos em pré-campanha, mas as perseguições começaram, devido às contas reprovadas em minha gestão de prefeita, porém, não tem dolo, crime e nem improbidade. Os meus direitos políticos não estão cassados. Porém, ficou pesado para toda equipe trabalhar focada, pois a gente sabe que comentários e perseguições quebram o foco”, diz ao Marília Notícia.
A ex-prefeita teve contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) nos anos de 2014 e 2020. A Câmara acatou o parecer em 2016 e reprovou as contas, mas mesmo assim Alesandra disputou a eleição, foi reeleita e cumpriu mais quatro anos de mandato.
Em 2022, os vereadores analisaram o parecer das contas de 2020 e também aceitaram os apontamentos do TCE-SP na oportunidade.
Entre as irregularidades indicadas, o Tribunal apontou gastos elevados com medicação em 2014 e altos custos com combustível em 2020.
“Em 2016, a Câmara aceitou o parecer do Tribunal de 2014, mas passei pelas eleições e governei sem impedimentos. Já em 2020, enfrentamos uma pandemia, quando demandou transporte de pacientes para várias cidades da região. Os vereadores estão me perseguindo desde 2016, mas quero lembrar que deixei a Prefeitura com um superávit de R$ 6 milhões. Eles [vereadores da situação] querem confundir a opinião popular, deixando a impressão que minhas contas reprovadas poderão interferir no futuro governo de Ocauçu”, argumenta.
Para Alesandra, seria imaturidade e negligência de sua parte ignorar a possibilidade de atrapalhar a pré-candidatura e posterior campanha de Felipe, podendo prejudicar seus companheiros de partido.
“Pra mim, só muda a função, fico sem ser pré-candidata a vice-prefeita, mas estou dentro da equipe e sairei durante o pleito falando sobre o nosso comprometimento com a população. Nosso foco é realizar um trabalho de excelência, batendo recordes. Amo minha cidade e o trabalho é focado na família, na pátria e no amor, tudo guiado por Deus”, conclui Alesandra.