EUA confirmam caso de microcefalia por contágio do zika no Brasil
Mãe de bebê com microcefalia nascido no Havaí – que tornou-se o primeiro caso relacionado ao zika vírus nos EUA – pode ter contraído a doença no Brasil, segundo o Departamento de Saúde havaiano.
Em comunicado divulgado na noite de sexta-feira, o governo do Estado do Havaí, disse ter recebido do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC) a confirmação de que o bebê recém-nascido foi infectado pelo vírus ainda na barriga da mãe.
A americana, que deu à luz na ilha de Oahu, esteve no Brasil durante o mês de maio de 2015, quando as autoridades havaianas acreditam que ela tenha contraído zika.
No entanto, o Departamento de Saúde afirmou que nem a mãe nem o bebê estão doentes no momento e que, por isso, não há risco o vírus se espalhar localmente.
O principal meio de transmissão do zika vírus é o mosquito Aedes aegypti – que precisa picar uma pessoa que está doente e carregá-lo para pessoas saudáveis. Especialistas afirmam, no entanto, que o vírus permanece ativo no organismo por cerca de 15 dias, enquanto dura a infecção.
Também na sexta-feira à noite, o CDC – principal agência voltada para proteção da saúde pública nos Estados Unidos – recomendou que gestantes evitassem viajar para o Brasil e outros 13 países da América Latina onde há transmissão do zika vírus, por causa dos casos de microcefalia em bebês que estão sendo relacionados à doença.
Atualmente, há casos de zika registrados em Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Suriname, Venezuela e Porto Rico. Mas só o Brasil, até o momento, registrou casos de microcefalia.
A Polinésia Francesa, que teve um surto do vírus em 2013 e 2014, também investiga o aumento de ocorrências da má-formação em bebês.
Fonte: Terra