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Marília
ter. 08 mar. 2022

Água de Marília tem substâncias acima do limite saudável, diz estudo

por Daniela Casale

Estudo mostrou problemas na água de Marília (Foto: Reprodução/Repórter Brasil)

Levantamento inédito feito pela agência Repórter Brasil e divulgado nesta segunda-feira (7), revela que Marília está entre as centenas de cidades pelo país em que foram encontradas substâncias químicas na água acima do limite de segurança.

O chamado ‘Mapa da Água’ compõe dados com resultados de testes feitos pelas empresas e instituições responsáveis pelo abastecimento entre 2018 e 2020.

Eles integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, o Sisagua, do Ministério da Saúde. Segundo o estudo, os dados foram interpretados de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde.

O mapa divide as substâncias em dois grupos de periculosidade com base nas classificações dadas a cada substância pelos órgãos reguladores mais reconhecidos do mundo, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Marília, três substâncias foram apontadas por estarem acima do limite de segurança.

O nitrato é relatado como “substância com o maior risco de gerar doenças crônicas, como câncer”.

Conforme o mapa, ele é classificado como provavelmente cancerígeno para humanos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), órgão da OMS.

O nitrato e seus compostos são utilizados na fabricação de fertilizantes, conservantes de alimentos, explosivos e pela indústria farmacêutica na produção de medicamentos vasodilatadores.

Outras duas substâncias que também geram riscos à saúde e estão acima do limite na água de Marília são os ácidos haloacéticos total (subprodutos da desinfecção) e o bário (substâncias inorgânicas).

Os ácidos dicloroacético, tricloroacético, bromoacético e dibromoacético também são classificados como possivelmente cancerígenos para humanos.

Em altas concentrações, os ácidos haloacéticos também podem gerar problemas no fígado, testículos, pâncreas, cérebro e sistema nervoso.

Os ácidos haloacéticos são classificados como subprodutos da desinfecção, formados quando o cloro é adicionado à água para matar bactérias e outros microorganismos patogênicos.

Já a exposição prolongada ao bário gera efeitos adversos nos rins, segundo estudo do ministério da saúde do Canadá. O bário e seus compostos são utilizados na fabricação de diversos produtos industriais, como plásticos, vidros, cerâmicas, eletrônicos, têxteis, lubrificantes, ligas metálicas, sabão e borracha. O sulfato de bário é usado como contraste em radiografias.

Quando essas substâncias estão acima do limite, a água é considerada imprópria para o consumo, de acordo com o mapa.

Os riscos são maiores para quem bebe a água imprópria de forma contínua, ou seja, diversas vezes ao longo de meses ou anos.

O estudo ainda cita diversas outras substâncias encontradas na água de Marília, mas que estão “dentro do limite de segurança”.

OUTRO LADO

O Marília Notícia pediu um posicionamento ao Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem) que afirmou que “teve acesso a reportagem referente aos dados disponibilizados pelo Sisagua (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano)”.

O Departamento informou que são repassados “mensalmente dados e resultados no Sisagua referente às análises realizadas no monitoramento da água para abastecimento público desde a captação, tratamento de água até a rede de distribuição”.

“O Daem é o órgão responsável por informar todos os dados divulgados na matéria em questão, pois trabalha seguindo a Portaria GM/MS nº 888 de 4 de Janeiro de 2021 que rege todo o trabalho envolvido com o abastecimento público indicando frequência e número mínimo de amostra de cada parâmetro”, admite o Departamento.

Entretanto a autarquia diz que “na matéria em questão foram apresentados mapas e gráficos que indicam parâmetros com resultados acima do Valor Máximo Permitido em diversos municípios do Estado de São Paulo assim como no país todo. Porém, a maneira apresentada pela reportagem conduz a uma interpretação alarmista inadequada que distancia o contribuinte da verdade sobre a qualidade da água que chega na sua torneira”.

O Daem afirma que atende integralmente a portaria e “quando alguns parâmetros são detectados acima do permitido ampliamos o controle. Cabe salientar que os Valores encontrados acima do Máximo Permitido são pontos isolados, ou seja, não se repetiram durante os controles subsequentes, indicando assim que não representam riscos à saúde do consumidor. Além disso, o Daem possuiu diferentes sistemas de captação, portanto as amostras com parâmetros acima do Valor Máximo não representam a totalidade da água distribuída na cidade de Marília”, finaliza o comunicado.

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