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Polícia
dom. 02 mar. 2025
TAUBATÉ

Estudante de medicina é alvo da polícia por furto e simulação de morte; caso nasceu em Marília

Médica mariliense - que não trabalha e nem atesta nada em Taubaté - não reconheceu a assinatura e procurou a polícia.
por Carlos Rodrigues
Penitenciária de Gália, onde homem morreu em outubro de 2024; declaração de óbito dele foi espelhada para criar “morta de Taubaté” (Foto: Divugação)

Uma necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Marília, com emissão de declaração de óbito de um detento da Penitenciária de Gália – morto em outubro de 2024 – é o fio da meada de uma investigação que atinge a irmã do falecido e mira, principalmente, uma estudante de medicina de 25 anos, na cidade de Taubaté.

A morte do preso, vítima de estrangulamento, não deveria ter nenhuma relação com as duas investigadas, que vivem a mais de 500 quilômetros de distância. Mas, a Polícia Civil já descobriu que a irmã dele pode ter usado informações do óbito para dar origem a uma morte que nunca aconteceu em Taubaté.

MORTA DE TAUBATÉ

Uma das testemunhas e vítima do caso é uma médica legista de Marília. A profissional atestou a morte do detento em sua rotina de trabalho e nunca imaginou que seu nome, registro de CRM (Conselho Regional de Medicina) e até a mesma numeração de Declaração de Óbito – documento emitido após a perícia – poderiam ser usadas indevidamente em Taubaté.

Cemitério de Taubaté onde, segundo certidão, está sepultada estudante; enterro chegou a ser marcado e foi cancelado pela solicitante (Foto: Divulgação)

O caso veio à tona quando a profissional foi procurada pela Vigilância Epidemiológica daquele município. O órgão da Saúde buscava detalhar circunstâncias para notificação da morte de uma estudante de 25 anos, no dia 15 de janeiro.

Mas a médica mariliense – que não trabalha e nem atesta nada em Taubaté – não reconheceu a assinatura e procurou a polícia de Marília. O caso ganhou registro de “falsidade ideológica”, tendo como averiguada a suposta estudante morta.

CERTIDÃO DE ÓBITO

Comunicada sobre o caso, a Polícia Civil de Taubaté descobriu que a declaração falsa já tinha dado origem a uma certidão de óbito no cartório local. O documento, que na época era considerado autêntico, foi lavrado a pedido de uma mulher de 24 anos, irmã do homem morto em Gália.

A certidão aponta neoplasia (câncer) e parada cardiorrespiratória. Mas o hospital onde supostamente o óbito da estudante teria ocorrido no dia 15 de janeiro, já informou à polícia que a jovem mencionada não deu entrada na unidade, tampouco morreu lá.

Documento obtido pelo MN traz o nome da médica de Marília (Imagem: Marília Notícia)

A reportagem apurou que um pedido de sepultamento chegou a ser feito após a declaração de óbito, mas a solicitação foi cancelada pela própria solicitante. Mesmo sem enterro, na certidão – lavrada no dia 20 de janeiro – consta que o corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de Taubaté.

A falsificação de documento público é um crime previsto no artigo 299 do Código Penal e pode resultar em pena de reclusão de um a cinco anos, além de multa.

MOTIVAÇÃO

Desde a publicação da notícia sobre o uso dos dados da profissional mariliense, o Marília Notícia começou a apurar a motivação, que já apontava para um curioso óbito falso na cidade do Vale do Ribeira – famosa, entre outros casos, pela “grávida de Taubaté”.

Com exclusividade, a reportagem do MN apurou a existência de inquérito – instaurado dois dias antes da falsa morte – para investigar o crime de furto que teria sido cometido pela estudante.

Inquérito sobre furto segue na Polícia Civil, que também apura falsa morte da acusada (Foto: Divulgação)

Um casal residente em Taubaté procurou a polícia para denunciar a amiga de sua filha. A jovem universitária teria se aproveitado da amizade de longa data e prometido aos idosos que os ajudaria em relação a aposentadorias.

A denúncia aponta que eles cederam documentos e foram submetidos a fotos e reconhecimento facial, com abertura de contas em bancos digitais, além de transferências PIX. Somente em desvios já descobertos – fora empréstimos e outras operações – foram furtados pelo menos R$ 44 mil do casal.

No final de janeiro, uma irmã da estudante apresentou à Polícia Civil de Taubaté a certidão de óbito – na qual consta o nome da legista mariliense, portanto falsa – visando a extinção do inquérito por furto.

O delegado responsável pelo caso já ouviu o casal e deve ouvir ainda a filha das vítimas, mas ainda não se manifestou sobre a certidão de óbito anexada.

O inquérito contra a estudante suspeita falsidade ideológica e furto prossegue em Taubaté e poderá intimar outras pessoas, como a irmã da estudante, para confrontar as informações falsas contidas na certidão de óbito.

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