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Entrevista da Semana
ter. 09 dez. 2025
ENTREVISTA DA SEMANA

‘Esse ano a gente não vai deixar escapar’, diz o técnico Ricardo Costa sobre o acesso do MAC

Para 2026, treinador projeta um MAC intenso, guerreiro e técnico, preparado para disputar o acesso.
por Alcyr Netto
Ricardo Costa fez bom trabalho na Série A3 de 2025 e já prepara equipe para 2026 (Foto: Divulgação/MAC)

O técnico Ricardo Costa, comandante do Marília Atlético Clube (MAC), construiu sua trajetória no futebol a partir da formação acadêmica. Sem ter atuado como jogador, encontrou no curso de Educação Física a porta de entrada para o esporte, iniciando a carreira como preparador físico antes de migrar para a área técnica.

Campineiro e apaixonado por futebol desde a infância, Ricardo cresceu frequentando tanto o Moisés Lucarelli quanto o Brinco de Ouro, influenciado por um ambiente familiar dividido entre Ponte Preta e Guarani. Essa convivência o aproximou ainda mais do esporte e reforçou seu desejo de trabalhar profissionalmente no futebol, algo que sempre tratou como vocação.

Motivado pelo projeto do MAC, Ricardo lidera a montagem de um elenco ainda mais competitivo para a disputa da Série A3. Ele destaca ajustes táticos e reforços pontuais que devem fortalecer a equipe, além da importância da pré-temporada e do apoio da torcida, que lotou o Abreuzão nos momentos decisivos do último campeonato. Para 2026, o treinador projeta um MAC intenso, guerreiro e técnico, preparado para buscar o acesso em um cenário de investimentos altos e adversários tradicionais.

***

MN – Você veio a primeira vez para Marília em 2019 e conseguiu o acesso. Naquele ano, faltou pouco. O acesso escapou por detalhes?

Ricardo Costa – É, escapou por detalhes, foi muito pouco. Tudo o que a gente planejava estava dando certo. Classificamos bem, mas perdemos a primeira colocação na última rodada, tomando um gol no finalzinho para o Rio Branco. Foi uma boa campanha do início ao fim. No mata-mata, fizemos umas quartas de final boas. Na semifinal pegamos o Sertãozinho, um bom time. Jogamos bem em casa, mas talvez não fomos tão regulares fora. Talvez esse detalhe tenha escapado e acabou na nossa eliminação.

MN – Mesmo perdendo um jogador muito cedo, ainda teve muita chance. Acha que conseguiriam se tivessem o mesmo número de jogadores?

Ricardo Costa – É imprevisível, mas a tendência é que poderia se reverter, até pelo volume de jogo que tivemos com um a menos. Se tivéssemos igual ali, com certeza poderíamos ter criado muito mais oportunidades. Acho que se tivesse igual, talvez realmente teríamos passado e conquistado o acesso.

MN – Como foi ver o estádio lotado na campanha deste ano, principalmente nos jogos finais?

Ricardo Costa – Foi uma festa bonita nos últimos jogos. A torcida do Marília apoia o tempo todo. Fizeram uma festa bonita dentro e fora de casa. O MAC é um time grande, e a torcida ajuda muito. Incentivaram o tempo todo, e isso mexeu com o adversário também.

Ricardo Costa subiu o MAC em 2019 e tentará repetir o acesso em 2026 (Foto: Divulgação/MAC)

MN – O time que está sendo montado para este ano está mais forte? É um elenco para brigar pelo acesso?

Ricardo Costa – Com certeza. A gente tem que pensar sempre em conquistar o objetivo. O time está sendo montado para isso. Vejo que temos algumas características um pouco diferentes, que talvez tenham faltado no campeonato passado. Era um time um pouco mais regular fora de casa, talvez faltassem jogadores com mais característica de marcação, principalmente no meio. Nossos volantes e nosso meio eram muito bons, jogavam muito, mas às vezes baixavam um pouco a intensidade sem a bola, principalmente fora. Acho que demos um upgrade nisso com contratações pontuais. É importante manter a base, que sustenta o time, e trazer reforços pontuais para ficarmos mais fortes.

MN – O fato de não ter disputado a Copa Paulista no segundo semestre atrapalha na hora de conseguir jogadores e manter o elenco?

Ricardo Costa – Faz muita diferença. Você ganha tempo de trabalho, ganha em estrutura, em entrosamento, ganha em tudo quando disputa competições. Se tivéssemos disputado a Copa Paulista, teríamos montado e avaliado algumas situações para já iniciar a Série A3. Por outro lado, o que foi bom é que começamos a monitorar o mercado cedo. A diretoria deixou a gente trabalhar com tempo, e fizemos pré-contratos antes de outras equipes.

MN – E para este ano, os contratos vão até o meio do ano? Há perspectiva de disputar a Copa Paulista em 2026?

Ricardo Costa – Sim, a perspectiva é disputar. Alguns jogadores terão contrato mais longo. A tendência é disputar a Copa Paulista. Depende de orçamento, claro, mas é algo que o clube quer fazer, pelo menos pelo que o presidente falou.

Técnico Ricardo Costa durante treinamento do MAC no Abreuzão (Foto: Divulgação/MAC)

MN – Como foi negociar para continuar no MAC por mais um ano?

Ricardo Costa – Primeiro, feliz, né? Eu gosto muito do Marília, da cidade, é um lugar onde me sinto muito bem. Não demorou muito, foi rápida a negociação. Falei que aceitava ficar porque temos esse compromisso. Bateu na trave, e este ano eu falei que não vai escapar. Essa é a motivação que eu tenho. Fico muito feliz por essa troca.

MN – E a cidade de Marília? O que você acha da cidade?

Ricardo Costa – Eu gosto muito de Marília, da cidade e das pessoas. Sempre me trataram muito bem. É uma cidade organizada, bonita, aconchegante. Não é grande, mas é uma cidade pequena que tem tudo para se viver, com pessoas boas.

MN – Quem você acha que serão os principais adversários?

Ricardo Costa – Algumas equipes aliam boas contratações ao peso da camisa. Tem o Rio Branco, a Portuguesa Santista, o Rio Claro, que caiu. O Bandeirante está montando um time experiente. XV de Jaú. O Catanduva, que está investindo muito. O investimento está pesado na Série A3 este ano, dá para perceber. Vai ser uma competição difícil, mas com bons jogos. Muito mais difícil do que foi no ano passado.

Técnico Ricardo Costa durante passagem pelo São José (Foto: Arquivo Pessoal)

MN – Qual é a característica desse elenco que está sendo montado?

Ricardo Costa – Acho que é guerrear o tempo todo. A Série A3 é uma competição muito parelha e competitiva. A gente precisa ganhar os duelos, ser uma equipe guerreira mesmo. E não podemos perder nossa essência: montamos um time muito técnico, que propõe o jogo, mas que sem a bola se dedica bastante.

MN – Como estão sendo os primeiros dias de treinamentos?

Ricardo Costa – O pessoal foi se apresentando durante as semanas, fazendo exames médicos e clínicos. Depois da parte física, já avaliamos. A nossa metodologia é trabalhar com bola desde o início: parte física, técnica e já envolvendo o tático. A primeira impressão foi boa. Claro que alguns jogadores ficaram mais tempo parados, mas temos um bom período de pré-temporada para condicioná-los.

MN – Quando começa o campeonato?

Ricardo Costa – Ainda não saiu a data oficial. A princípio está marcado para 25 de janeiro o primeiro jogo, mas pode ser dia 24, enfim, porque não é oficial.

Ricardo Costa durante passagem pelo União Suzano (Foto: Arquivo Pessoal)

MN – Então dá tempo de preparar o time?

Ricardo Costa – Dá, claro. Temos um bom tempo de pré-temporada para condicioná-los e fazer alguns jogos-treinos para ter parâmetro. Não vai faltar luta, não vai faltar empenho. Este ano não vamos deixar escapar. Que a torcida possa vir abraçar a gente novamente para irmos juntos, remando para o mesmo lado, porque a expectativa é a melhor possível para conquistar esse acesso que o Marília merece.

MN – Em quem você se espelhava como treinador? Quem você considera referência hoje no Brasil e no exterior?

Ricardo Costa – Minhas referências sempre foram boas. Sempre gostei muito do Guardiola. Onde ele vai, implanta a metodologia dele com facilidade. Aquele Barcelona que ele montou vai ficar para a história, e ele é uma grande referência para mim. No Brasil, tivemos uma era em que treinadores brasileiros fizeram grandes trabalhos. Lembro muito do Nelsinho Batista, que teve uma fase muito boa e do qual aprendi muito vendo o time jogar. Outro é o Luxemburgo, na época em que começamos, pela revolução que ele fez. Hoje, vivemos uma carência talvez de oportunidades. Não dá para não falar do Abel, do Palmeiras, por tudo o que ganhou. E alguns anos atrás, o Tite era referência.

MN – Alguns treinadores criticaram o Brasil por contratar um estrangeiro. Como você vê o trabalho do Ancelotti na seleção?

Ricardo Costa – Para falar do Ancelotti, não tem nem como: ele ganhou tudo. Só trabalhou em time grande, com grandes referências. Acho que foi um momento errado para criticarem, não era o momento certo, e nem dá para falar muito, porque é um cara que ganhou tudo. Acho que os treinadores brasileiros ficam um pouco nervosos por perder espaço, mas abriu-se um mercado grande para estrangeiros e acho que tem espaço para todo mundo. Criticar foi deselegante, ainda mais naquele momento, com o próprio Ancelotti presente no evento.

MN – E o que você achou do sorteio da Copa do Mundo para a seleção?

Ricardo Costa – Achei que o Brasil, não só o Brasil, mas os grupos no geral, com a ampliação, geram a expectativa de que o Brasil terá tranquilidade para passar de fase. O Brasil ganhou uma cara nova com o Ancelotti. Acho que é um time muito leve, rápido, do jeito que ele gosta de jogar. Creio que o Brasil vai longe nessa Copa. Tivemos uma fase ruim, que espero que se corrija, porque bons jogadores nós temos.

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