Marília busca solução para pacientes abandonados
Pelo menos 12 pessoas permanecem abrigadas em hospitais de Marília, mesmo já tendo recebido alta, por conta da ausência de familiares para o acolhimento domiciliar. A informação foi confirmada pelo secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Wilson Alves Damasceno, em participação no podcast MN Entrevista desta quarta-feira (5).
De acordo com o titular da pasta, tratam-se de cidadãos internados em hospitais da cidade que, mesmo depois de receberem a liberação médica, não têm para onde ir. Damasceno ainda garante que os pacientes continuam nas próprias unidades hospitalares. Não foram divulgadas as identidades, nem os hospitais em que estão.
“Não existem programas de acolhimento para pessoas que estão nessa situação, que não é de caráter exclusivamente municipal. Também não temos leis federais ou estaduais que definem se são demandas da Assistência ou da Saúde, por exemplo”, pontua Damasceno. Ainda segundo o secretário, a Prefeitura tenta buscar uma solução para o problema, além do cofinanciamento através da interlocução com o governo federal.
“Pretendemos, através das secretarias do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, buscar programas que possam dar sustentabilidade a essas demandas. Existem trabalhos de voluntários e parcerias com várias entidades na cidade, mas entendemos ser necessária essa união de força entre os poderes”, explica Damasceno.
FALTAM LEITOS
A questão surge em um momento delicado para o município, que já registra falta de leitos e transferência de pacientes pediátricos para outros hospitais da região.
Diante de todas as situações, a Secretaria Municipal da Saúde permanece sem um titular para a pasta. Desde fevereiro, quando Sérgio Nechar tomou posse como vereador, o médico Osvaldo Pereira segue como secretário-adjunto, no comando de forma interina.