100 dias: Saúde enfrenta maior desafio em Marília
A Secretaria da Saúde de Marília passou por momentos de muita negociação de dívidas com convênios no começo do governo. Problemas como a falta de remédios básicos ainda persistem nos 100 dias de gestão e outros desafios estão aí, como o controle da leishmaniose.
No final de janeiro a informação era de que a Prefeitura teria R$ 3 milhões em repasses atrasados para a Associação Beneficente Hospital Universitário (ABHU), gestora da UPA Zona Norte.
O problema foi herdado da última gestão municipal e gerou atritos já nos primeiros 10 dias da nova administração. A imprensa chegou a ser convocada para explicar a situação.
Dias depois, Alonso chegou a descartar boatos sobre greve e fechamento da UPA. A reportagem solicitou dados sobre a situação da dívida atualmente, mas não conseguiu resposta do município.
Remédios
No começo do governo também surgiram outros problemas que seriam oriundos da última gestão. Alonso declarou no dia 19 de janeiro que era culpa do ex-prefeito Vinícius Camarinha (PSB) a falta de remédios, que rebateu.
Um membros do Comus (Conselho Municipal da Saúde) em entrevista ao Marília Notícia afirmou que a situação ainda persiste e pode ser considerado um dos principais problemas da pasta no momento. “Falta até remédio para pressão, estamos acompanhando”, disse o conselheiro.
Leishmaniose
Outro membro do Conselho avaliou ao MN que durante os 100 dias de governo, apesar dos esforços que foram feitos, a Saúde ainda não conseguiu mobilizar a população no combate da leishmaniose. “A situação é muito grave, Prefeitura e imprensa precisam agir”.
O Marília Notícia publicou diversas matérias sobre o assunto. Em alguns pontos da cidade quase metade dos cães possuem leishmaniose, como no Jânio Quadros. Os animais servem de reservatório do protozoário.
Nomeações
Um antigo servidor municipal da pasta, que pode ser considerado politicamente de oposição ao atual governo, elogiou a capacidade da secretária escolhida por Daniel, Kátia Ferraz Santana. Mas também fez críticas.
“A gestora da pasta é uma profissional que conhece a rede de saúde e tem grande experiência na área para desenvolver um bom trabalho. Mas é preciso que o governo dê as condições necessárias, até o momento foram nomeados 13 coordenadores na Saúde e apenas dois têm experiência na área”, disse o funcionário.
Para ele, a situação se reflete na dificuldade de aquisição e distribuição de medicamentos e insumos, gerando reclamações da população. “E afetam outras áreas, como manutenção dos serviços de Saúde e da frota de veículos para transporte de pacientes”.
Outro lado
A assessoria de imprensa do município foi procurada para comentar todos os pontos dessa matéria, mas não houve retorno até o fechamento.