Escolas municipais superam o Estado em nota do Ideb
As escolas municipais de Marília se mantiveram superiores, em aproveitamento, às instituições mantidas pelo Estado, na média das notas obtidas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Enquanto as escolas da Prefeitura submetidas a avaliação alcançaram média 7,2, a rede estadual – ensino Fundamental e Médio – ficou com 5,7 na média entre os estabelecimentos que tiveram seu desempenho calculado.
A média apurada pelo Marília Notícia leva em consideração a soma das notas das escolas, dividida pelo número de instituições que foram avaliadas.
O resultado de 2019 foi divulgado na última semana pelo Instituto Nacional de Estudos de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Governo Federal.
Abismo
Um detalhamento dos números revela grandes disparidades no aproveitamento dos alunos dentro da própria rede pública. Há um verdadeiro abismo entre o Ensino Fundamental, oferecido pelo município, e o Ensino Médio ofertado pelo Estado.
A começar pela adesão ao Ideb. Das 20 escolas municipais que ofertam do 1º ao 5º ano, apenas três não tiveram resultados divulgados.
Os motivos podem ser a não participação da escola, número de alunos insuficiente para que os resultados sejam divulgados ou ainda o não preenchimento (pela instituição) de um ou mais requisitos necessários para ter o desempenho calculado.
Na rede estadual, a participação oscila. Das 12 escolas que oferecem o Ensino Fundamental até o 5º ano, três não tiveram notas publicadas – também por um dos motivos acima.
No Fundamental da rede estadual, entre as 30 escolas que oferecem ensino até o 9º ano, cinco não tiveram o desempenho calculado ou não atingiram número suficiente de participantes.
Já no Ensino Médio, falta parâmetros até para o Ideb. Dos 22 estabelecimentos de Marília, doze não apresentam nota para acompanhamento de sua evolução, por não terem participado da avaliação ou número de alunos insuficientes durante o exame.
Desempenho
Como oferece três ciclos de Ensino (Fundamental I e II e Médio), é possível fazer ainda mais um recorte na combalida rede estadual e observar como o desempenho cai com o avanço da escolaridade.
Entre as escolas do Estado que ofertam até o 5º ano em Marília, a média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ficou em 7,1 – próxima da rede municipal, que obteve média 7,2.
Já entre os estabelecimentos que avançam até o 9º ano na cidade, a média fica em 5,3. No Ensino Médio da rede pública, a situação se complica ainda mais e o despenho das escolas avaliadas estaciona em 4,75.
Extremos
As desigualdades no ensino, em Marília, são grandes e podem ser enxergadas quando se analisa o desempenho individual das escolas públicas.
A melhor escola municipal foi a Reny Pereira Cordeiro, localizada no Jardim Esplanada, na zona Sul, com nota 7,9 no Ideb. No ano passado já havia ficado empatada com outro estabelecimento da Prefeitura e esse ano se isolou na liderança.
Na rede estadual não houve surpresa em relação aos anos anteriores. As escolas Carlota de Negreiros Rocha e Bento de Abreu Sampaio Vidal ficaram empatadas em primeiro lugar, com 7,8 no Ideb, entre os estabelecimentos que ofertam até o 5º ano pelo Estado.
As duas instituições tiveram queda, em relação à avaliação do ano anterior (que foi de 8,1) – mas mantiveram a primeira colocação, repetindo o empate.
Entre os estabelecimentos de Ensino Fundamental que oferecem, pelo Estado, o ensino até o 9º ano, a melhor colocada na cidade foi a escola estadual Gabriel Monteiro da Silva, com pontuação 6,8.
Já no Ensino Médio, a Escola Técnica Estadual (Etec) Antônio Devisate continua sendo a melhor. A nota no Ideb foi 6,8, registrando inclusive melhora em relação ao ano passado, quando teve 6,5 de aproveitamento.
Menores notas
Na rede municipal a menor nota foi da escola Nivando Mariano dos Santos – até o 5º ano –, localizada no Teotônio Vilela (zona Sul), com 6,5 no Ideb.
A menor nota entre as instituições estaduais que ofertam até o 5º ano foi da escola Maria Izabel Sampaio Vidal, em Padre Nóbrega, com pontuação 6,6.
No Fundamental II – até o 9º ano – a menor aproveitamento foi da escola estadual Vereador Sebastião Mônaco, no Jardim Fontanelli (zona Oeste), com 4,5. Já no Ensino Médio, a com resultado menos favorável foi da escola Sylvia Ribeiro de Carvalho, com nota 3,8.