Escola na zona sul vira símbolo de insegurança e impunidade
A Escola Estadual José Alfredo de Almeida, no Jardim Continental, zona sul de Marília, virou o símbolo da insegurança e impunidade na cidade.
Pela sexta vez em menos de dois meses, a escola que fica na Avenida Tomé de Souza, foi atacada por ladrões. Ontem (17) mais uma vez bandidos arrombaram duas portas do local e fugiram levando produtos de limpeza, botijões de gás, talheres e outros objetos.
Os prejuízos ainda não foram calculados na ponta do lápis, mas somando os furtos, foram levados três televisões, um aparelho DVD, data show, computador, equipamento de som, materiais esportivos, utensílios domésticos, alimentos da merenda, nove ventiladores e vários outros objetos variados.
Pais de alunos e funcionários do estabelecimento que preferem não se identificar, estão completamente revoltados. “É um absurdo o que estão fazendo, a escola já tem pouca coisa e fica sendo depenada por ladrões, não tem a menor condição assim”, disse uma das pessoas.
Segundo testemunhas, os crimes são praticados na sua grande maioria por viciados em droga, que furtam para trocar as mercadorias por entorpecentes.
A reportagem do Marília Notícia apurou que mais da metade das câmeras espalhadas pela escola já não funcionam mais. As inúmeras portas que foram arrombadas também sequer foram arrumadas corretamente. Em contato com a escola, a reportagem foi informada que somente a Diretoria de Ensino está autorizada a conceder entrevistas.
PRISÃO
No último dia 18 de novembro, policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), chegaram a prender um trio acusado de estar realizando os crimes.
Os desempregados Francisco Gomes dos Santos, 54, Thiago Alberto de Oliveira, 26, e Juan Carlos Martins, 28, foram identificados como os autores da série de furtos, porém, como a prisão não foi em flagrante, eles foram liberados.
De acordo com o delegado seccional Fernando Quinteiro, o maior problema está na Justiça. “Não podemos esquecer que a legislação é muito branda com os autores de furto”, disse o delegado, que prometeu cobrar o distrito policial responsável pela área.