Erosão e carreamento ameaçam represa Cascata
Pessoas que frequentam a represa Cascata afirmam que a coloração da água tem passado por uma transformação. O tom avermelhado predomina e a explicação pode estar no carreamento – ou arrasto – de terra.
A reportagem do Marília Notícia percorreu boa parte da represa responsável por 30% da água que abastece a cidade na manhã desta quarta-feira (9) e encontrou diversos pontos de erosão.
Nesse locais é nítido o estrago provocado pelas enxurradas agravadas pelo período chuvoso. O rastro da água na terra próxima mostra o caminho da terra vermelha até o leito.
De acordo com a Somar Meteorologia, Marília já acumula quase 100 milímetros de chuvas em janeiro com precipitações praticamente dia sim, dia não. Em dezembro os pluviômetros da cidade registraram 104 milímetros e 13 dias de chuva.
Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) ouvidos pela reportagem explicaram que outro agravante pode estar por trás da água avermelhada.
A existência de um loteamento nas proximidades pode estar implicando no carreamento de terra para dentro da represa.
Uma reunião entre representantes da companhia, Prefeitura e Ministério Público tratou do assunto no final do ano passado.
De acordo com a Cetesb, ficou acertado que a administração municipal faria a fiscalização do local e tomaria as providências cabíveis.
O problema da terra caindo na represa Cascata é a turbidez da água e o assoreamento. No primeiro caso, a captação da água fica mais complicada, enquanto o segundo tem como consequência a redução da capacidade do reservatório.
Outro problema que vem desde os últimos anos e foi mais uma vezes constatado pelo MN é a existência de lixo na represa. Fruto da falta de educação e responsabilidade de quem frequenta o local.
Outro lado
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do município informou, por meio da Secretaria de Obras, que “já foram executados os serviços para reparação do problema apontado”.