Era Dorival começa na seleção brasileira com novas caras, do diretor ao goleiro
O técnico Dorival Júnior avisou logo de cara que só aceitaria o cargo se tivesse uma equipe remodelada com ele. No ciclo que se inicia nesta segunda-feira (18), antes dos amistosos contra Inglaterra e Espanha, novos nomes já estão no dia a dia da seleção brasileira.
A seleção passou por uma reformulação fora de campo. Além de Dorival Jr, a CBF contratou dirigentes, analistas e preparadores.
Todos os profissionais contratados tiveram o aval de Dorival e a maioria foi indicação do técnico. O novo comandante trouxe consigo o que de melhor encontrou pelo Brasil em seus 22 anos de carreira.
Os principais “reforços” foram Rodrigo Caetano, ex-Atletico-MG, Juan, ex-Flamengo, e Cícero Souza, ex-Palmeiras. Eles chegaram para os cargos de coordenador executivo, coordenador técnico e gerente geral, respectivamente.
Outros nomes foram contratados para cargos mais estratégicos, como o supervisor Sérgio Dimas, ex-Botafogo-SP. O profissional, que trabalhou com Dorival no Santos e Ceará, vai agir nos bastidores, sobretudo com a parte logística.
Em campo, Dorival também trouxe seus nomes de confiança: o filho e auxiliar Lucas Silvestre, o auxiliar Pedro Sotero e o preparador físico Celso Rezende.
Quem volta à seleção é Cláudio Taffarel. O campeão do mundo de 94 retoma a função de preparador de goleiros ao lado de Marquinhos.
Outras contratações pedidas por Dorival foram as de João Marcos Pereira Soares e Guilherme Lyra, ambos ex-analistas do São Paulo.
TÉCNICO MAIS PRESENTE
A chegada de Dorival Júnior mexe nos bastidores da CBF. Como ele veio de mala e cuia para trabalhar na seleção, a rotina de trabalho voltou a ficar parecida com o que acontecia nos tempos de Tite e contrasta com o período com Fernando Diniz.
O antecessor de Dorival, até por ter contrato só de um ano, precisava dividir o tempo com o Fluminense e aparecia na CBF ou se reunia com seus analistas pontualmente, pensando nas convocações.
CONVOCAÇÃO DIFÍCIL
O técnico e seus auxiliares rodaram a Europa para verem jogos e treinamentos dos selecionáveis. Nos bastidores, Dorival diz que não imaginava que seria tão difícil escolher os 26.
O maior desafio está no gol, onde Alisson e Ederson não estão disponíveis. As opções são Rafael, Bento e Léo Jardim, todos do futebol brasileiro. Rafael, homem de confiança do São Paulo de Dorival, larga na frente.
Outra batalha é encontrar novos capitães. Nomes recorrentes como Neymar, Marquinhos e Casemiro estão fora. Danilo se torna o mais experiente do grupo, desta forma.
Rafael, Léo Jardim, Wendell, Beraldo, Fabricio Bruno, Murilo, Andreas Pereira, Pablo Maia, Galeno e Savinho são novidades nessa primeira convocação.
O QUE ESPERAR EM CAMPO?
Dorival Júnior tem estilo mais pragmático em relação a Fernando Diniz. A seleção brasileira agora deve ter menos surpresas.
Dorival pretende aproveitar cada minuto dos treinos para acelerar o processo de adaptação antes de amistosos considerados dificílimos contra Inglaterra e Espanha, ambos fora de casa.
A tendência é que o Brasil atue no tradicional 4-3-3, com Lucas Paquetá na armação e Rodrygo, Vinicius Júnior e Richarlison no ataque.
Entre os volantes, Bruno Guimarães é o nome principal e deve ganhar Douglas Luiz como companheiro. Nas laterais, Danilo e Ayrton Lucas são os mais cotados.
As maiores dúvidas estão no gol e no companheiro de Gabriel Magalhães na defesa. Os cortes de Ederson e Marquinhos deixaram o sistema defensivo incerto.
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POR EDER TRASKINI, IGOR SIQUEIRA, LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E THIAGO ARANTES