Entre maiores produtores de CO², Marília reduz emissão
Marília ocupa a posição número 480 no ranking nacional de emissão de gás carbônico (CO²), segundo levantamento inédito divulgado no mês passado pelo Observatório do Clima, uma rede formada por 56 organizações da sociedade civil.
Trata-se de um dos gases que provocam o efeito estufa e o aquecimento global, e é gerado principalmente pelos automóveis, produção de energia, uso da terra, agropecuária, resíduos sólidos e indústria.
Nesta quinta-feira (22), os presidentes Jair Bolsonaro (sem partido) e dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciaram na Cúpula do Clima a meta de neutralizar 100% das emissões de CO² em seus países até 2050 – o mesmo prazo já assumido anteriormente pela União Europeia.
Em Marília, o lado bom é que houve redução nas emissões em comparação com o pico histórico, registrado em 2014 – quando foram emitidas 739,7 mil toneladas de gás carbônico no meio ambiente. Os dados mais recentes são de 2018, quando se produziu 723,9 mil toneladas.
A redução, porém, é de apenas 2,12% e já foi maior, mas vem se afastando das emissões totais do ano com maior incidente.
Os dados são todos do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), ferramenta do Observatório do Clima.
Atualmente, as principais fontes geradoras de CO² em Marília são os transportes, as alterações no uso do solo, a produção de lixo doméstico e a produção de gados, através da fermentação entérica – ou seja, pela digestão do animal. Marília possui um dos maiores rebanhos do Estado.
Na comparação entre os anos 2000 e 2018, a única área que registrou queda na emissão de CO² no município foi o consumo de energia, com produção de 297 mil toneladas de CO² para 281.
Nesta área, os principais vilões são os veículos movidos à diesel, seguidos daqueles que andam à gasolina.