Emprego industrial tem déficit na região de Marília
O desempenho do emprego na indústria, na região de Marília, foi negativo em março, conforme o relatório detalhado da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
A região fechou, ao longo do mês, 175 postos de trabalho. Esse foi o segundo pior resultado do Estado de São Paulo, entre as 39 regiões, atrás apenas de São Bernardo dos Campos e entorno, onde o emprego industrial encolheu em 219 vagas.
O Marília Notícia já havia mostrado, durante essa semana, os dados locais do Caged, considerando todos os setores da economia – indústria, comércio, serviços e agropecuária, e também as particularidades. Em março, a indústria mariliense contratou 335, mas mandou embora 454, ou seja, fechou 119 vagas.
O motivo da forte redução foi a desaceleração observada em todo o país no setor da alimentação. Em março, o segmento foi o que teve a maior redução nacional na oferta de vagas, superado até pelo castigado segmento de couro e calçados, que já patinava antes da pandemia.
O setor de alimentos perdeu (no país) 3.148 postos de trabalho. Em São Paulo, o segmento teve um desempenho bem melhor: foi o quinto em volume de vagas ofertadas, com 2.569 novos contratos, situação que não se repetiu na região de Marília.
O detalhamento dos dados mostra ainda que o segmento de bebidas, que também é significativo na região de Marília, teve a menor expansão no Estado. Foram gerados apenas 48 postos de trabalho a mais neste setor, no Estado de São Paulo.
O melhor desempenho foi no setor automotivo – considerado o grande termômetro da economia – contratou mais que demitiu em março. Em São Paulo, foram abertas 3.049 novas vagas no mês.
A indústria de equipamentos também ficou no azul, com 2.710 empregos gerados no período, em São Paulo.