Local para culto de matrizes africanas é definido em Marília
Após reunião de nove casas de terreiro de umbanda e candomblé no Cemitério da Saudade, com secretário de Direitos Humanos, Wilson Damasceno e com o presidente da Empresa Municipal de Mobilidade Urbana (Emdurb), Valdeci Fogaça, o local para a realização dos rituais litúrgicos de matriz africana foi definido, inclusive com a construção de uma capela para velório dos adeptos dessas religiões, conforme as tradições ancestrais.
Encontro também contou com a participação da presidente do Conselho da Promoção da Igualdade Racial, Marílis Custódio de Lima Machado.
O projeto e a organização foram apresentados pelo Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial e já se encontra em poder do presidente da Emdurb, que afirmou empenhar todos os esforços no sentido de buscar soluções para concretização deste direito à igualdade religiosa no cemitério administrado pela empresa pública.
Para o secretário Damasceno, a Secretaria de Direitos Humanos vem cumprindo o papel de mediadora deste diálogo histórico, já que há mais 30 anos as religiões de matrizes africanas pleiteiam.
“É uma propositura que tem respaldo moral e, acima de tudo, religioso, no sentido de que temos que respeitar cada pessoa individualmente, dentro das suas características. Estamos aqui sempre para prezar por isso, nosso trabalho no sentido de respeito e igualdade em todos os sentidos sem distinção, porque nós gestores públicos e o prefeito Daniel Alonso sempre iremos trabalhar de forma igualitária, atendendo a todos de cunho religioso e diversidade”, ratifica o presidente da Emdurb, Valdeci Fogaça.
Segundo a presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Marília, Marilis Machado, “estamos muito satisfeitos com o acolhimento do secretário Wilson Damasceno, bem como a forma democrática de atuação do presidente Fogaça, em providenciarem um espaço no cemitério para os rituais das religiões de matrizes africanas”.