Em matéria sobre ‘tensão eleitoral’, site da Abraji cita intimidação ao MN
O Marília Notícia foi citado em reportagem no site da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), que repercutiu tentativas [clique aqui para ler] de intimidação a profissionais de imprensa e cerceamento a jornalistas no interior paulista.
A reportagem cita os episódios envolvendo o candidato Abelardo Camarinha (Podemos), que fez ameaça verbal direta ao jornalista Gabriel Tédde, diretor do MN.
A associação repercute denúncias nas cidades de Marília – onde Camarinha é o pivô – e também em Limeira, na região de Campinas.
Naquela cidade um jornal impresso aponta que a Prefeitura local adotou ostensivo cerceamento ao direito de informação e quebra do princípio de isonomia – igualdade – entre os veículos de comunicação.
Em relação a Marília, a Abraji mostrou que o ex-prefeito e ex-deputado deu início a uma campanha difamatória, em suas redes sociais e até no horário eleitoral, para depreciar o site.
Camarinha não aceita a liberdade de informação e o trabalho jornalístico independente, com pesquisa e fontes na própria Justiça.
Notícias como o indeferimento de candidatura e o fato de estar concorrendo sub judice (com risco dos votos dos eleitores serem anulados), incomodam o grupo político do ex-prefeito, que coordena ataques com cabos eleitorais e fakes nas redes sociais.
Em um dos episódios mais graves, o jornalista Gabriel Tedde, diretor do portal, foi ameaçado pelo candidato, durante um evento na Justiça Eleitoral. “No momento em que ele me viu, ficou visivelmente irritado, passou ao meu lado e bem próximo de mim disse ‘cuidado por onde anda’” relatou o profissional.
O site também foi alvo de uma tentativa de censura por Camarinha, porém, decisão da juíza Ângela Martinez Heinrich, da 400º Zona Eleitoral, garantiu ao site o direito de continuar informando os fatos relativos à candidatura do ex-prefeito. A magistrada reconheceu que a própria Justiça é uma das principais fontes do site.
Medidas já estão sendo tomadas pelo MN nas esferas cível e criminal, para que a Justiça estabeleça punição para crimes e também garanta liberdade de informação (dos leitores) e pelo exercício profissional, para a equipe de jornalistas.
Letícia Kleim, assessora jurídica da Abraji, esclarece que postagens ofensivas, que incitam à violência, denigrem e extrapolam a manifestação do pensamento, podendo gerar consequências.
“Muitos ataques que ocorrem no meio digital podem ser enquadrados em diversos tipos penais, como os crimes contra a honra, calúnia, difamação e injúria”, esclarece Kleim.