Em Marília, Auxílio Brasil soma média de apenas R$ 13 por família
Conforme os números divulgados pelo Governo Federal, que formalizou a extinção do Bolsa Família e criação do Auxílio Brasil – estratégica eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) –, as 6.515 famílias beneficiadas em Marília terão, em média, um aumento de apenas R$ 13 no benefício.
A injeção de recursos na cidade deve ser, neste mês, de pouco mais de R$ 86 mil. Na prática, sem alavancar o benefício, o governo ainda está longe de impressionar ou gerar qualquer alívio aos mais pobres.
Em outubro, o Bolsa Família pagou em Marília R$ 565.596,00, média de R$ 86,81 por família beneficiada. O Auxílio Brasil promete um piso de R$ 100.
A secretária municipal da Assistência Social, Wania Lombardi, afirma que todo incremento é bem-vindo, mas a análise prévia aponta para poucas mudanças.
“Ainda estamos analisando estas alterações e, principalmente, aguardando mais informações do Ministério do Desenvolvimento Social”, diz a secretária ao Marília Notícia. Na prática, embora tenha papel determinante pela alimentação do CadÚnico, a política social dos benefícios tem alta centralização no ente federal.
NOVAS REGRAS
Sem aumentar a base de beneficiários, o programa que promete aumentar o número de brasileiros assistidos já chega com restrições.
O Bolsa Família – para efeitos da concessão – considerava em extrema pobreza os lares com renda per capita de até R$ 89 mensais. O Auxílio Brasil corrigiu para R$ 100.
No antigo benefício, para ser considerada família pobre, a renda máxima por pessoa era de até R$ 178. Agora, só é pobre núcleo familiar com média per capita de R$ 100,01 a R$ 200.
É claro que, com o desemprego e achatamento da renda, o número de pessoas elegíveis só tende a aumentar.
Por isso, o novo teto de classificação do governo – infelizmente – não chega a ser um obstáculo para obtenção do benefício. O complicador é mesmo o número de vagas por município.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
Para quem comemora o fato do novo auxílio incorporar o Auxílio Emergencial – que em 2020 chegou a pagar R$ 600 para cada assistido -, não vê números animadores em 2021.
Conforme dados da Controladoria Geral da União (CGU), em Marília, de janeiro a setembro, foram injetados R$ 525.301 em socorro a 360 moradores. No ano passado, a cidade teve, apenas nos quatro primeiros meses do programa, ajuda a 57 mil pessoas e R$ 100 milhões injetados.
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