Educação mantém aulas presenciais mesmo na fase vermelha
O retrocesso da região de Marília à fase vermelha do Plano São Paulo não altera as atividades escolares. Decreto publicado em dezembro pelo Governo do Estado de São Paulo tornou o ensino atividade essencial.
O município manteve o calendário previsto, com protocolo que atende de forma presencial até 35% da capacidade física das escolas que atendem o ensino obrigatório – a partir de 4 anos. As aulas começam nesta segunda-feira (1), com adesão voluntária dos pais ou responsáveis.
Na rede estadual de Educação, as atividades pedagógicas começaram em fevereiro e também não haverá mudanças em função da regressão.
Isso porque nas regiões em fase vermelha ou laranja (na qual estava Marília) a presença física dos estudantes é totalmente voluntária.
Já nas fases amarela e verde, há exigência de que pelo menos um 1/3 da carga horária escolar seja cumprida de forma presencial.
Em todos os casos, atividades de ensino remoto continuam a ser ofertadas, seja para instrução integral do aluno, ou para complementar as atividades que os estudantes estão recebendo nas escolas.
O secretário municipal de Educação de Marília, Helter Bochi, lembra que o decreto que estabeleceu o processo de volta às aulas na cidade é de janeiro e está acompanhado de um Plano de Retomada das Atividades Presenciais.
“Tivemos o período de acolhimento e inserção dos alunos e agora entramos em nova fase, com a recepção daqueles que as famílias optaram pelo presencial, cumprindo todos os protocolos de distanciamento e higienização”, disse o secretário.
Helter salientou que as aulas remotas na rede municipal tiveram início em fevereiro. Porém, pais que não procuraram as escolas no período de acolhimento e inserção, mas têm os filhos matriculados, podem buscar mais informações diretamente nas instituições.
Greve
Ao mesmo tempo, o sindicato dos servidores municipais de Marília articula uma greve no setor. Mais de 100 funcionários que atuam na rede municipal de ensino, representando as 60 escolas de Marília, participaram da assembleia geral ordinária por meio online ontem (26).
Foram mais de três horas de debates e apresentação de sugestões para o movimento. O comando de greve vai operacionalizar os meios, como carro de som, material audiovisual e outras ferramentas que serão usadas no dia da greve geral, programada para 8 de março.
“Os servidores esperam que a administração municipal reveja a intenção de voltar às aulas presencialmente, principalmente depois que o Governo do Estado determinou a regressão de Marília para a fase vermelha do Plano São Paulo”, diz nota da entidade.
Outro fator é que Conselho Municipal da Educação emitiu parecer contrário ao retorno às aulas.
Segundo o presidente do Conselho, que reúne cerca de 30 representantes dos mais diferentes segmentos da sociedade mariliense, o documento deve ser entregue ao prefeito Daniel Alonso (PSDB) até quarta-feira (3).