Educação de SP diz que mantém protocolos de volta às aulas
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares afirmou que estão mantidos os protocolos de retomadas das aulas presenciais na educação básica A declaração ocorre após o secretário executivo do Centro de Contingência do governo estadual, João Gabbardo, responder a um questionamento de que o governo poderia reavaliar o que foi definido, o que foi classificado como um “desencontro de informações”.
“Primeiro é importante falar que os protocolos da educação estão mantidos. Muito mais importante que é a data, é termos as condições obrigatórias sendo cumpridas, ou seja, número de casos decrescentes, Estado por 28 dias no amarelo (fase amarela)”, disse o secretário.
A discussão ganhou espaço após o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Eduardo Massad afirmar que a volta às aulas poderia aumentar o número de mortes pela covid-19. Ao Estadão, o matemático disse que houve um “mal-entendido” sobre os números do estudo, mas reafirmou os riscos à comunidade escolar – crianças, adolescentes e adultos, como professores e funcionários dos colégios – com eventual retomada das aulas presenciais.
Nesta sexta-feira pela manhã, Rossieli foi chamado para uma reunião com o governador para discutir o tema. No governo, a mudança em planos para o retorno presencial das escolas é tratada como um mal-entendido e não há pedido para que o projeto seja reavaliado.
“As datas, vamos medindo. No dia 24 de julho teremos outro boletim, no dia 4 de agosto teremos outro boletim, e, se não entrarmos dentro das condições, não será necessariamente naquela data. Tem muito estudo saindo neste momento saindo mundo afora, e nós estamos em constante debate, seja para os estudos mais duros, mais brandos”, completou.
A retomada das aulas em 8 de setembro está condicionada à classificação de todas as cidades do Estado na fase amarela do plano de reabertura econômica, o Plano São Paulo. Na segunda-feira, o governo havia autorizado a volta do ensino técnico e de algumas graduações na modalidade presencial, além de uma série de cursos livres.
Gabbardo também comentou sobre a retomada. “Queria reforçar uma parte que ficou confusa, porque prevê o retorno às aulas nas cidades que estão na fases amarela. E o Plano fala em todo o Estado na fase amarela. Os cálculos feitos pelo pesquisador são baseados em uma fotografia de transmissibilidade que temos no momento, isso é muito diferente do que vamos encontrar quando todo o Estado estiver no amarelo”, reiterou.