Educação estadual cria projeto para atender escolas de Marília
A infraestrutura das escolas, uma das principais queixas em relação à Educação no Estado de São Paulo, pode sair fortalecida após a pandemia, que impôs restrições por mais de um ano. Incremento financeiro, autonomia da gestão local para investir e evolução tecnológica fazem parte do legado.
A região de Marília recebeu, nesta quinta-feira (16), o secretário de Estado da Educação de São Paulo, Rossieli Soares. Nesta semana, o gestor da pasta realiza série de visitas ao Interior, sob a justificativa oficial de promover aproximação com as unidades regionais de ensino.
Uma das estratégias de fortalecimento, que tende a fazer a diferença nessa relargada, é a criação do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Paulista, uma versão do programa federal que financia a Educação, em gestão participativa com cada estabelecimento e comunidade escolar.
No período 2021/2022, o Estado anunciou repasse de R$ 1,2 bilhão, que será empregado em 5,1 mil escolas da rede estadual de ensino.
Em Marília, uma das mais tradicionais da cidade, a escola estadual Monsenhor Bicudo vai receber ao todo cerca de R$ 200 mil, em diferentes etapas do programa, incluindo ações estratégicas em função da pandemia.
A diretora Sueli Batistetti Vicente relata que parte do dinheiro permitiu a pintura de quase todo o prédio, incluindo salas de aulas. Foram instaladas grades nos pontos vulneráveis, e a instituição adquiriu e instalou sistema de câmeras, fez cabeamento e instalou rede de internet, além de adaptações para evitar a proliferação do coronavírus.
“Eu costumo dizer que nós estávamos morrendo afogados em dificuldades e o PDDE Paulista veio para nos salvar. A nossa escola tem aproximadamente 14 mil m² de área, com quase sete mil m² de área construída. Nós tínhamos R$ 15 mil por ano do PDDE Federal para fazer toda a manutenção”, afirma.
Tradicional – com quase 60 anos de fundação –, o Bicudo vive fase de resgate. A escola de pouco mais de 600 alunos passou a ser uma unidade de tempo integral. Com a pandemia, ainda não é possível atender a todos os matriculados, durante o dia inteiro, de forma ininterrupta.
“Temos dois grupos: o A e o B, que se alternam para que possamos manter o distanciamento. Quando não estão aqui na escola conosco, estão em aulas remotas. Uma parte muito pequena está 100% on-line, em função da pandemia, mas a maioria já voltou”, diz.
AGENDA ATROPELADA
Com exemplos como o da escola Monsenhor Bicudo, a rede estadual – gigantesca em proporções de alunos – busca superar estigmas e mostrar força na relargada. Não por acaso, a instituição foi escolhida para uma visita do secretário de Estado, a qual estava agendada para às 16h.
Até as 17h40, Rossieli Soares e a comitiva – com autoridades locais – ainda não tinham chegado à escola. Jornalistas de quatro empresas de comunicação aguardaram por até duas horas, mas acabaram deixando o local sem entrevistar o titular da pasta.
Pela manhã, o secretário esteve em Garça (distante 35 quilômetros de Marília), onde falou para uma plateia de diretores, em um auditório da cidade. Ele apresentou dados e abordou temas como Programa Escola Integral (PEI) e pandemia. Mais tarde, fez a entrega de ônibus escolares.
No início da tarde, Soares teve reuniões com a dirigente regional de Ensino de Marília, Ana Luiza Bernardo Guimarães, e encontrou autoridades.
Nesta sexta-feira (17), a previsão é que o secretário tenha encontros com dirigentes de ensino, diretores de escola e políticos nas cidades de Tupã e Bauru.
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