E agora, Jair?
E agora, Jair? A festa acabou, a luz acendeu, o povo não sumiu, o dia esquentou.
E agora, Jair? E agora, você? Você que é um com nome, nome a zelar, que zomba dos outros, você que protesta. E agora, Jair? Vai fazer igual?
Em 18 dias já está sem discurso, está sem carinho, já não pode atacar, já não pode investigar.
A noite esfriou, o raiar não veio, a ética não veio, não veio a utopia e tudo caminha para acabar. E tudo fugiu, e tudo repetiu, e agora, Jair?
E agora, Jair? Suas amargas palavras, seu instante de febre, sua gula pelo certo, sua postura, sua suposta coerência, seu ódio — e agora?
Sem depoimento, sem vergonha na cara, com regalia tal qual vossas excelências. Sem a bandeira vermelha que mancha o país, você marcha, Jair! Jair, para onde? Para o mesmo caminho?
E agora, Flavio? E agora, Queiroz?
E agora, Jair?