Duplo homicídio tem reviravolta; exame genético inocenta réu
Duplo homicídio em bar da zona Sul, que teve como uma das vítimas uma gestante, teve reviravolta nesta terça-feira (19). A Justiça de Marília mandou libertar um dos réus e prender um homem que acabou sendo envolvido no caso, após o resultado perícia genética.
O processo individualiza as responsabilidades – e dá oportunidade de defesa – aos acusados de matar a dona de casa Carla Silva de Moraes, de 25 anos, e o zelador Manoel da Silva Barreto, 36, em novembro do ano passado.
O juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal, mandou soltar Leandro Pereira Martins, conhecido como “Perna”. No relatório da Polícia Civil, ele foi indiciado como um dos atiradores.
Um chinelo encontrado no local foi submetido à perícia. Material genético – de uma familiar do réu – foi comparado com o padrão da amostra no calçado. Não foi possível a comparação com o próprio “Perna”, que estava foragido.
O resultado do exame apontou incompatibilidade com Leandro. Em contrapartida, a prova material remeteu a Jonathan Moreira Magalhães.
Com a revelação, o Ministério Público pediu o arquivamento da denúncia e revogação da prisão preventiva de “Perna”. Em ato contínuo, solicitou o aditamento do processo para a inclusão de Jonathan.
“No caso concreto, há prova de materialidade e indícios de autoria, no sentido de que o autuado Jonathan esteja envolvido na prática dos crimes apurados nos presentes autos”, observa o juiz.
O magistrado pontua que “segundo as peças que instruem o presente procedimento, os acusados praticaram, em tese, crime de extrema gravidade e por motivação repulsiva, ou seja, por dívida relativa ao tráfico de drogas, além do emprego de meio que resultou em perigo comum, com emprego de recurso que dificultou a defesa das vítimas e ainda objetivando assegurar a impunidade pela prática dos outros crimes”, completa o juiz.
A investigação durou meses e cumpriu mais de 15 mandados de busca na casa de suspeitos. Com a exclusão de “Perna”, mas inclusão de Jonathan, o caso segue com seis réus. O próximo passo da Justiça é definir se há elementos suficientes para que os acusados sejam submetidos a júri popular.
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