Maior ponte do estado de São Paulo tem duplicação iniciada na região
Obras de duplicação da maior ponte do Estado de São Paulo, a Ponte Engenheiro Gilberto Paim Pamplona, que cruza o Rio Tietê e liga as cidades de Guarantã e Novo Horizonte, no centro-oeste paulista, tiveram início neste mês de setembro.
A obra, de responsabilidade da concessionária que administra o trecho, Entrevias, faz parte de um projeto de melhoria da rodovia SP-333. Os trabalhos devem ser concluídos em dois anos e prometem transformar a logística e o turismo da região. O projeto inclui também a duplicação de 52,4 km da rodovia, com um investimento total de R$ 657,9 milhões.
A cerimônia de lançamento contou com a presença do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de autoridades locais, como o diretor-presidente da Entrevias, José Henrique de Ávila, além de prefeitos e deputados da região.
A nova ponte, que será construída ao lado da atual estrutura, terá duas faixas de rolamento e a ponte já existente passará por melhorias, com a implementação de iluminação e uma área segura para a passagem de pedestres.
O projeto abrange também a criação de seis dispositivos de acesso e retorno entre Borborema e Guarantã, o que deve facilitar o escoamento da produção industrial e agrícola.
CRONOGRAMA E IMPACTO
As obras, que já começaram, devem gerar mais de 1.000 empregos diretos e indireto. A intenção é de aquecimento da economia local e aumento o repasse de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) para as cidades da região. Entre os municípios beneficiados estão Pongaí, Borborema, Uru, Novo Horizonte, Itápolis, Ibitinga, Guarantã e Júlio Mesquita.
SUSTENTABILIDADE
A concessionária promete que a duplicação da ponte e da rodovia será feita com um forte compromisso ambiental. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) já emitiu as licenças necessárias e medidas de proteção da fauna e flora.
Entre as ações, estão o monitoramento da qualidade da água e da fauna silvestre e aquática, a instalação de cercas direcionadoras para animais e a criação de três novas passagens de fauna nas margens de Novo Horizonte e Pongaí. Durante as atividades de construção, animais silvestres devem ser resgatados e realocados em segurança.
Além disso, a obra deve ser realizada sem comprometer a Hidrovia Tietê-Paraná, uma das maiores vias fluviais da América Latina, que passa sob a ponte. Essa hidrovia movimentou mais de 2,4 milhões de toneladas de cargas em 2023, transportando produtos agrícolas e industriais.
Medidas como o uso de redes para isolar as áreas de intervenção e a captura de peixes em possíveis zonas de confinamento devem garantir a proteção da fauna aquática.
INOVAÇÃO
A nova ponte será erguida utilizando o método construtivo de balanço sucessivo, que permite a continuidade da navegação no rio durante toda a obra.
Serão utilizadas mais de 3,9 mil toneladas de aço e cinco mil caminhões de concreto, com a instalação de mais de 3 km de estacas.