Duolingo lança planos com preços adaptados para o Brasil
O Duolingo, aplicativo de aprendizado de línguas estrangeiras, revela com exclusividade ao Estadão nesta sexta-feira, 20, um reajuste nos planos de assinaturas individuais, que agora ficam mais baratos em relação ao mercado mundial para amenizar a alta do dólar no País. Chamado de Duolingo Plus, o plano tem preço de R$ 30 mensais (ante os antigos R$ 40) — no pacote anual, o valor passa para R$ 180 (queda em relação aos R$ 239 de antes), equivalente a R$ 15 ao mês.
Além disso, a empresa anuncia nesta sexta a possibilidade de criar um plano familiar na plataforma, pelo qual até seis membros de um mesmo grupo podem compartilhar os benefícios de uma assinatura conjunta, que incluem vidas ilimitadas, uma caixa que reúne todos os erros cometidos nas lições e a ausência de anúncios publicitários. Por meio de pontos, os participantes podem competir entre si e ver quem domina mais determinada língua. O plano sai por R$ 650 ao ano — equivalente a R$ 9 por pessoa.
“O novo recurso irá permitir que membros de uma família compitam entre eles mesmos”, explica ao Estadão por e-mail o gerente de produtos do Duolingo, Edwin Bodge. “Aprender uma língua é melhor acompanhado e isso é um diferencial para manter todos motivados. Além do mais, uma competição saudável é sempre um jeito legal de reunir as pessoas.”
Com 500 milhões de downloads no mundo, o Duolingo possui 1,9 milhão de assinantes, diz Bodge. O desafio da empresa é convencer o usuário a abandonar o modelo gratuito com anúncios publicitários para adotar o “premium”, principalmente em um momento em que existem YouTube e outras plataformas com conteúdo gratuito em videoaulas.
‘Come to Brazil’
O Duolingo vê no Brasil um mercado estratégico. Além dos 30 milhões de usuários no País (terceiro maior mercado no mundo), a língua portuguesa está entre as dez mais estudadas na plataforma, que traz inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, e esperanto para os brasileiros. Argentina e Uruguai têm o português como a língua mais estudada na plataforma. O aplicativo tem aulas de português para nativos em inglês, espanhol e francês, somando 5 milhões de estudantes no mundo.
“Em número absoluto de usuários, os Estados Unidos são o país que mais estuda português e, de acordo com nosso relatório, as razões são exercício mental ou familiar. Em segundo lugar, vem o Brasil, muito provavelmente por causa dos vários imigrantes que vivem no País. E viagem é uma razão importante para aprender a língua, com 18% dos nossos estudantes escolhendo a língua portuguesa por esse motivo”, conta Bodge.
Além disso, a empresa, nascida em 2011 nos Estados Unidos, abriu um escritório em São Paulo em 2020, quando o Duolingo bombou durante a pandemia de covid-19. Sem dar mais detalhes, a empresa sinaliza que mais línguas devem chegar ao aplicativo no Brasil nos próximos meses.