Dossiê denuncia alta cúpula da igreja católica de Marília por ‘promiscuidade’
Um dossiê sobre casos de má conduta moral envolvendo o alto escalão da igreja católica foi divulgado para veículos de comunicação de Marília. Além da mídia, o material também foi encaminhado à paróquias e a Cúria Diocesana da cidade.
Pelo menos sete padres foram denunciados por envolvimento em relações amorosas e condutas que ferem princípios do celibato da religião, além de supostos casos de assédio sexual.
Segundo a denúncia, um dos padres – que tem alto cargo dentro da Igreja em Marília – é acusado de levar uma vida promíscua nas noites de Marília e participação de videoconferências em sites de relacionamento – o dossiê apresentou uma imagem do padre nu e se masturbando, datada no ano de 2013.
A carta cita suposta perseguição feita pelo bispo Dom Luiz Antônio Cipollini e padre João Carlos Batista, Vigário Geral da Diocese de Marília, contra os denunciantes de casos parecidos.
Após a divulgação do material, a Cúria Diocesana de Marília se posicionou em relação às denúncias envolvendo a alta cúpula da igreja católica na cidade e região com uma nota assinada pelo Bispo Diocesano Dom Luiz Antônio Cipollini.
“O documento é de origem anônima. Contudo, para esclarecer quaisquer especulações que possam surgir com a divulgação deste texto, informamos que os fatos apresentados e devidamente assinados já estão sendo averiguados há algum tempo através de uma série de investigações e apurações sigilosas, como coleta de provas e testemunhos”, esclareceu.
“Os fatos precisam ser apurados para que a veracidade ou não das informações sejam confirmadas a fim de que as providências adequadas possam ser aplicadas […] Apesar da gravidade das acusações apresentadas nas denúncias, a Diocese de Marília entende que o ser humano é passível de erro e tais atos devem ser corrigidos por meio de sanções que sejam compatíveis com cada caso”, notificou.
O Marília Notícia apurou que não existe nenhuma ocorrência registrada na Polícia Civil de Marília para investigação de casos de assédio envolvendo menores informados no dossiê anônimo. Os supostos casos denunciados seriam de descumprimento aos preceitos do direito canônico e não criminais.