Doria diz que não vai rever corte de R$ 1,5 milhão na Santa Casa
O governador João Doria (PSDB) e seu secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, afirmaram que o corte de recursos na Santa Casa de Marília, na ordem de R$ 1,5 milhão em plena pandemia, não será revisto. Mesmo assim, eles garantem que não faltará recurso para o hospital.
A reposta veio após questionamento do Marília Notícia durante coletiva de imprensa no Hospital das Clínicas, em visita de Doria ao município nesta terça-feira (19) para início da vacinação de profissionais da saúde contra a Covid-19.
Como o portal mostrou no começo do mês, o governou paulista determinou um corte de recursos de 12% nos programas Pró-Santas Casas e Santas Casas SUStentáveis, destinados ao custeio das Santas Casas e hospitais filantrópicos de São Paulo.
O corte afeta não só o tradicional hospital mariliense, mas todas as Santas Casas paulistas e outros importantes órgãos de saúde que não visam o lucro.
Edson Rogatti, diretor-presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) publicou uma nota de repúdio contra o corte.
Após o questionamento do MN, Doria passou para Vinholi responder. Segundo o secretário, ao contrário do que dizem os representantes dos hospitais beneficentes, “nenhuma dessas entidades vai perder recursos”.
Além da Fehosp, o corte na Santa Casa de Marília foi confirmado à reportagem pela própria assessoria de imprensa do hospital.
“Nós estamos no meio de uma pandemia. A prioridade neste momento são recursos de Covid-19. Nós substituímos neste momento [a verba cortada dos fundos] por recursos para combate ao novo coronavírus. Portanto, os recursos estão garantidos em sua totalidade”, afirmou Vinholi.
Após a fala do secretário, João Doria pediu a palavra para dizer que “o decreto é muito claro, ele exclui [de corte os recursos para] Covid-19”.
Segundo Doria, “tudo aquilo que representa o atendimento primário, prioritário e Unidade de Terapia Intensiva para Covid-19 estão absolutamente mantidos e se a Prefeitura de Marília precisar de mais apoio, terá apoio, como teve até hoje”.
“A contrapartida”, completou o governador, “sempre é o óbvio, obediência ao Plano São Paulo”.