Bares e restaurantes se articulam para ignorar proibição
Donos de bares e restaurantes de Marília manifestaram, em reunião realizada nesta segunda-feira (8), a intenção de manter estabelecimentos abertos e descumprir decretos (estadual e municipal) que determinam o fechamento, devido a pandemia do novo coronavírus.
O encontro aconteceu na região central da cidade, em um espaço comercial na rua Prudente de Moraes. Entre 30 e 40 pessoas participaram.
O Marília Notícia já havia mostrado, no mês passado, que havia articulação para a reabertura, independente de decisão governamental.
“Pessoal combinou de permanecer aberto. Inclusive eu estou aberto”, afirmou durante a noite um dos empresários do setor. Embora não tenha participado, ele afirma que a articulação reúne mais adeptos.
O superintendente da Associação Comercial e Industrial de Marília (Acim), José Augusto Gomes, admitiu ao MN que o clima era de desolação e revolta. Alguns empresários afirmaram já terem demitido funcionários, após instalado o impasse para a reabertura do setor.
“Nós orientamos que existe um decreto que proíbe de funcionar, exceto o delivery e drive thru e é assim que eles vão atuar, pelo menos pelo que eu vi. Colocamos o jurídico da associação à disposição para sanar todas as dúvidas”, atenuou.
Gomes admitiu que a situação é crítica. “O pessoal estava querendo (desobedecer o decreto), mas enquanto entidade, procuramos conscientizar a todos”, disse.
O decreto publicado nesta segunda-feira (8), no qual o prefeito Daniel Alonso (PSDB) atende liminar do Tribunal de Justiça para regredir Marília à “fase 2 – laranja” do Plano SP, prevê que a medida entre em vigor de forma imediata.
Na prática, a abertura ao público na noite desta segunda já pode configurar desobediência à legislação vigente no município.