Dívidas da Codemar crescem 57% e contas de 2017 são rejeitadas
As dívidas da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar) cresceram 57% em 2017 e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) julgou as contas da empresa irregulares.
Foi aplicada multa no valor de quase R$ 8 mil reais contra os responsáveis pela empresa naquele ano, Rene Fadel e Claudirlei Domingues. Ainda cabe recurso contra a decisão do auditor Josué Romero.
A Codemar é uma empresa de economia mista, com mais de 95% de suas ações em propriedade da Prefeitura de Marília. Atualmente sua atuação se resume a recapeamento e produção de asfalto em contratos com a administração municipal.
A dívida da Companhia saltou de R$ 14 milhões para R$ 22 milhões no primeiro ano da gestão Daniel Alonso (PSDB).
Boa parte das novas dívidas envolvem encargos previdenciários não recolhidos, segundo a corte de contas.
“A entidade, a exemplo do ocorrido em vários exercícios, apurou em 2017 um déficit orçamentário de R$ 2.006.080,18,, equivalente a 20,42% do total de suas receitas, perfazendo um prejuízo acumulado de R$ 14.095.853,20”, consta na decisão do auditor.
Falta de liquidez, ordem cronológica de pagamento desrespeitada, irregularidades em pagamentos para cargos em comissão, dívidas com a Cetesb (R$ 3,5 milhões) e falta de controle do almoxarifado são outros problemas apontados.
Fiscalização do TCE descobriu, por exemplo, uma diferença de 12 mil litros de óleo diesel entre o existem nas bombas e a quantidade acusada no sistema da Codemar.
A empresa também não conta com alvará dos bombeiros e precisaria de dedetização e desratização, segundo o TCE.