Dívida milionária da Prefeitura coloca em risco operação do Samu
Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão insatisfeitos e cogitam paralisação devido a atrasos nos salários. O problema seria causado por uma dívida da Prefeitura de Marília, que não estaria repassando os valores à Santa Casa de Chavantes, instituição responsável pela gestão do serviço.
Segundo apuração do Marília Notícia, a Prefeitura teria efetuado os pagamentos à contratada apenas até agosto do ano passado, deixando os meses seguintes em aberto. A reportagem apurou ainda que a dívida acumulada gira em torno de R$ 1,3 milhão. No entanto, não há informações precisas sobre há quanto tempo os trabalhadores estão sem receber.
O novo prefeito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB), classificou a situação como preocupante e alertou para o risco de suspensão dos serviços do Samu.
“Estou extremamente preocupado com as informações que recebi. Há dívidas deixadas pela gestão anterior que podem gerar sérios problemas para nós. Uma das situações mais críticas envolve o Samu, que corre o risco de suspender os serviços. Isso é gravíssimo, porque imagine alguém passando por uma emergência em casa, sem condições de se deslocar ou até mesmo sem recursos financeiros, e o Samu inoperante na cidade. Será um desafio enorme que teremos de enfrentar já no início da gestão”, afirmou Vinicius.
A Santa Casa de Chavantes confirmou os atrasos nos repasses, mas não especificou o período em atraso nem o valor total devido.
A Santa Casa de Chavantes assumiu o serviço do Samu em dezembro de 2022, com custo de R$ 11.029.613,28 ao município por ano. Mais de 70% do valor do contrato era correspondente à manutenção da equipe técnica multidisciplinar. A contratação foi feita pelo prazo de 60 meses.
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