Município arrecada absorventes para mulheres
Viver sem o acesso a itens básicos de higiene menstrual por falta de recursos, infelizmente, é uma realidade de muitas meninas e mulheres no mundo.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que trabalha pela garantia dos direitos de cada criança e adolescente, apresentou neste ano, em maio, o relatório “A Pobreza Menstrual Vivenciada Pelas Meninas Brasileiras”, que traz um mapa sobre a realidade menstrual no Brasil.
Mais de 710 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em casa e mais de quatro milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados nas escolas.
A pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso a recursos, infraestrutura e até falta de conhecimento por parte de jovens e mulheres para cuidados próprios, fato que afeta milhares de brasileiras que vivem em condições de pobreza e situação de vulnerabilidade em contextos urbanos e rurais, por vezes sem acesso a serviços de saneamento básico, recursos para higiene e conhecimento mínimo do corpo, caracterizando uma violação de direitos humanos, segundo a Unicef.
Meninas e mulheres fazem uso de soluções improvisadas para conter o sangramento menstrual com pedaços de pano usados, roupas velhas, jornal e até miolo de pão.
Diante desta situação, a Secretaria de Direitos Humanos adere campanha “Livre para Menstruar”, que prevê a arrecadação de absorventes no combate à pobreza menstrual, ação organizada pelas adolescentes Carla, Clara, Maria Clara, Ana Laura, Maria Paula, Luana. Juntas, as jovens fazem parte do coletivo “Girl Up”.
“Girl Up” é um movimento internacional, inspirado pelo projeto da ONU, voltado para meninas adolescentes, cujo objetivo é mobilizar uma rede de apoio contra a pobreza menstrual, garantir os direitos de meninas e mulheres que menstruam e políticas publicas através de projetos de lei que garantem o acesso a itens de higiene menstrual.
Para o secretario de Direitos Humanos, Delegado Wilson Damasceno, é muito importante apoiar essa campanha, de iniciativa deste coletivo “Girl Up”, de jovens lideranças, discutindo políticas de gênero.
A pobreza menstrual é uma violação de direitos humanos, se faz urgente, quebra de tabus e discriminação que o gênero feminino sofre na sociedade. É essencial que todas tenham acesso às informações corretas sobre o tema, além de condições dignas de higiene – e que a discussão seja feita abertamente na sociedade para impulsionar melhorias e políticas para meninas e mulheres.
Para apoiar a campanha “Livre para Menstruar”, interessado pode contribuir pelo Pix do coletivo: fda907b8-602a-4aaf-9466-
– Secretaria Municipal de Direitos Humanos – rua Olavo Bilac, 369, bairro São Miguel – (14) 3402-4411;
– Sala ComVida – avenida Brasil, 116, Centro/Galeria San Remo/sala 24 – telefone (14) 3434-2721;
– Sindicato dos Trabalhadores Químicos de Marília- Força Sindical – rua São Miguel, 671, Bairro Polon (atrás do McDonald’s – zona Norte).