Direito da Unimar implanta metodologias sobre a “Tragédia de Mariana”
O rompimento da barragem de Fundão da empresa Samarco na cidade de Mariana, em Minas Gerais, abalou o país há três anos. A enxurrada de rejeitos de mineração invadiu e destruiu o Distrito de Bento Rodrigues. Na tragédia, 19 pessoas morreram.
As investigações mostram que várias leis foram infringidas e o resultado foi um desastre humanitário e ambiental. A Universidade de Marília (Unimar) teve acesso aos processos e disponibilizou aos acadêmicos do curso de Direito que farão um estudo de casos utilizando metodologias ativas implantadas pela Instituição.
De acordo com a coordenadora do curso de Direito, Ma. Francis Marília Pádua, os vão trabalhar o caso de Mariana de uma forma bem diferente e contarão com total auxílio e orientação do corpo docente.
“Todos os alunos, do 1º ao 5º ano, vão participar dessa proposta utilizando das metodologias ativas. O tema foi escolhido porque envolve muitas áreas jurídicas, que servirão para diferentes disciplinas. Serão aulas teóricas e práticas, visando reforçar o aprendizado de cada acadêmico e o estimulo à pesquisa científica”, explica Francis.
O Dr. Sandro Marcos Godoy, docente do Curso de Direito, ressalta que a metodologia tem também o objetivo de integrar os acadêmicos da graduação com os da Pós-Graduação. “No primeiro momento os termos irão trabalhar cada qual em sua disciplina, encaixando em seu eixo temático. Depois, os acadêmicos da Graduação, Mestrado e Doutorado irão ser integrados e vão produzir com os docentes trabalhos de pesquisa científica”, conta Godoy.
Os estudantes aprovaram a utilização da Metodologia Ativa e o caso escolhido. Para o Felipe Orlando, aluno do 7º Termo, trabalhar com um tema central em todas as disciplinas vai contribuir para instigar a busca pelo conhecimento.
“Esta integração só trará benefícios. Poder estudar um caso e ver de ângulos diferentes, como por exemplo, no direito ambiental, direito civil e direito do trabalho e unir a prática, vai desenvolver as nossas habilidades de pensar de forma mais ampla sobre a matéria”, comemora o acadêmico.