Dilma diz que aumento no preço dos combustíveis ‘é possível’
A presidente Dilma Rousseff disse ontem (10) que um novo aumento no preço dos combustíveis nos próximos meses “é possível.” Ela não deu detalhes de quando esse reajuste pode acontecer.
“Pode ser que tenha um aumento [no preço dos combustíveis]. Eu não tenho como discutir isso agora. Não estou dizendo que tem aumento ou que não tem. Só estou dizendo que é possível”, disse a presidente durante entrevista a jornalistas no Palácio da Alvorada, em Brasília.
“Não estou dizendo se vai ou não vai ter aumento, não é minha competência dizer isso. Qualquer pessoa que disser isso vai estar cometendo uma inverdade”, completou a presidente. No dia 5 de agosto, em entrevista à Reuters, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia indicado a possibilidade de aumento no preço dos combustíveis em 2014.
“Todos os anos tem correção do preço da gasolina, uns mais outros menos, todos os anos tem correção. Não teve nenhum ano que não teve aumento da gasolina, essa é a regra”, afirmou o ministro em entrevista à Reuters.
“Quando ocorrerá o aumento, essa é decisão que mexe com o mercado, com ações, não se comenta. É questão das empresas responsáveis”, acrescentou o ministro, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Último aumento foi em novembro
A última vez em que houve reajuste no preço de combustíveis foi em novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% da gasolina e de 8% no diesel nas refinarias. Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor final seria de cerca de 3%.
A diretoria da Petrobras tem pleiteado ao governo reajuste dos preços dos combustíveis para reduzir a defasagem dos valores praticados no Brasil com os vistos no exterior, algo que afeta as finanças da companhia. O governo, porém, resiste a permitir novos aumentos porque a gasolina tem um peso importante no IPCA, índice que baliza a meta de inflação oficial do governo.