Dengue volta aos patamares de transmissão de fevereiro
Enquanto o coronavírus é um dos assuntos mais abordados, a dengue avança e há risco de epidemia e mais mortes em 2020. Dados oficias, divulgados pela Vigilância Epidemiológica de Marília, indicam que a transmissão da doença pode ter voltado aos patamares de fevereiro.
Entre os dias 06 e 13 de março – correspondente a 11ª semana epidemiológica do ano – foram notificados 273 novos casos suspeitos de dengue na cidade, elevando a 1.849 o total de notificações de 2020.
Estão confirmados, este ano, 387 casos da doença em Marília. Uma pessoa morreu com dengue no final de janeiro, conforme atestou o Instituto Adolfo Lutz.
Novo pico
O acompanhamento semana a semana – que passou a ser possível após a Lei 8.413/2019 – pelo Portal da Transparência, indica que a total de notificações do período voltou aos patamares do período mais chuvoso do ano.
Na semana epidemiológica 07, em meados de fevereiro, foi registrado o pico da transmissão, com 276 notificações de suspeitas de dengue, em intervalo de apenas sete dias. De lá pra cá, houve queda a cada semana, com mínimo de 67 novos casos suspeitos, no começo de março.
Além de novo pico, o relatório atual aponta que voltou a subir o total de casos confirmados. Nesta 11ª semana epidemiológica, encerrada na quinta-feira (12), Marília teve 54 casos confirmados, ou seja, aumento de 16,6% em intervalo de apenas sete dias.
Alerta
A dengue tem mais vítimas, em Marília, nas regiões Oeste e Sul. São 64 casos confirmados no território da Unidade Saúde da Família (USF) Argollo Ferrão e 27 na região da Unidade Básica de Saúde (UBS) Chico Mendes.
Outros 30 casos estão confirmados nos bairros que pertencem à USF Santa Paula, na zona Sul. Na zona Norte, o território da UBS Santa Antonieta tem maior número de pessoas vitimadas pela doença.
Em nota, a Prefeitura de Marília alertou para o controle do mosquito, que se reproduz em água parada.
“Convidamos a população a continuar, de forma permanente, com a mobilização pelo combate ao mosquito transmissor da dengue. O período do verão é o mais propício à proliferação do Aedes aegypti, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de maior risco de infecção”.
A recomendação, segue o alerta, “é não descuidar nenhum dia do ano e manter todas as posturas possíveis em ação para prevenir focos em qualquer época do ano”.